Reforma íntima
A reforma moral é tarefa prioritária para todos nós que, embora estagiando nas primeiras fases de nossa jornada evolutiva, desejamos avançar neste caminho e progredir espiritualmente.
Só com a prática do perdão, do amor incondicional e da quietude mental estaremos nos qualificando para iniciar um novo estágio na nossa evolução pessoal e coletiva.
Comece e avance em sua evolução espiritual lendo O Evangelho Segundo o Espiritismo, fazendo uma meditação em relação ao que for lendo e colocando em prática os ensinamentos de Jesus em todas suas nuances.
Joanna de Angelis
Muitos são os motivos que nos trazem à casa espírita: amor, dor, convite de alguém, curiosidade, etc...
Nós estamos aqui na Terra para atingirmos nossa evolução espiritual, através da nossa transformação moral (reforma íntima) e isso somente acontecerá quando eliminarmos os nossos vícios, cultivarmos nossas virtudes e para isso só há um caminho: o da exemplificação dos ensinamentos de Jesus, através da caridade e do amor ao próximo.
A Reforma íntima é considerada uma forma de melhorar o mundo de dentro para fora, isto é, cada pessoa que melhora a si mesma, causa uma melhora no ambiente em que vive, nas relações com a família, com os colegas de trabalho, amigos e até mesmo com os inimigos.
Assim, ela também colabora na reforma íntima dos outros e conseqüentemente está contribuindo para um mundo melhor e mais feliz.
O QUE É A REFORMA ÍNTIMA?
A Reforma Íntima é um processo contínuo de auto conhecimento da nossa intimidade espiritual, modelando-nos progressivamente na vivência evangélica, em todos os sentidos da nossa existência. É a transformação do homem velho, carregado de tendências e erros seculares, no homem novo, atuante na implantação dos ensinamentos do Divino Mestre, dentro e fora de si.
POR QUE A REFORMA ÍNTIMA?
Porque é o meio de nos libertarmos das imperfeições e de fazermos objetivamente o trabalho de burilamento dentro de nós, conduzindo-nos compativelmente com as aspirações que nos levam ao aprimoramento do nosso espírito.
PARA QUE A REFORMA ÍNTIMA?
Para transformar o homem e a partir dele, toda a humanidade, ainda tão distante das vivências evangélicas. Urge enfileirarmo-nos ao lado dos batalhadores das ultimas horas, pelos nossos testemunhos, respondendo aos apelos do Plano Espiritual e integrando-nos na preparação cíclica do Terceiro Milênio.
ONDE FAZER A REFORMA ÍNTIMA?
Primeiramente dentro de nós mesmos, cujas transformações se refletirão depois em todos os campos de nossa existência, no nosso relacionamentos com familiares, colegas de trabalho, amigos e inimigos e, ainda, nos meios em que colaborarmos desinteressadamente com serviços ao próximo.
QUANDO FAZER A REFORMA ÍNTIMA?
O momento é agora e já; não há mais o que esperar. O tempo passa e todos os minutos são preciosos para as conquistas que precisamos fazer no nosso íntimo.
COMO FAZER A REFORMA ÍNTIMA?
Ao decidirmos iniciar o trabalho de melhorar a nós mesmos, um dos meios mais efetivos é uma Escola de Aprendizes do Evangelho, cujo objetivo central é exatamente esse. Com a orientação dos dirigentes, num regime disciplinar, apoiados pelo próprio grupo e pela cobertura do Plano Espiritual, conseguimos vencer as naturais dificuldades de tão nobre empreendimento, e transpomos as nossas barreiras. Daí em diante o trabalho continua de modo progressivo, porém com mais entusiasmo e maior disposição. Mas, também, até sozinhos podemos fazer a nossa Reforma Íntima, desde que nos empenhemos com afinco e denodo, vivendo coerentemente com os ensinamentos de Jesus.
Bibliografia
- Núcleo Assistencial Espírita “Paz e Amor em Jesus”
Ana Teresa Facetta Kunichiro Palestra sobre Reforma Íntima.
- Manual Prático do Espírita - Resumo
Ney Prieto Peres
ECS/15.03.2006
02 - A RAZÃO DA NOSSA EXISTÊNCIA
Devemos reconhecer que não somos perfeitos e fomos capazes de enumerar a maioria das nossas deficiências de caráter, tirando as nossas máscaras para nós mesmos.
Quem somos nós? O que estamos fazendo no Planeta? Qual a finalidade da nossa vida?
Dependendo de como respondemos a essas perguntas, nossa vida terá para nós um significado maior ou menor Aqueles que acreditam que a existência humana é puramente material e que é mero produto do acaso, que o homem surgiu “do nada” e que voltará para “o nada”, pouca importância podem dar à própria vida.
Nós, no entanto, como cristãos que somos, acreditamos que temos uma alma que sobrevive à morte do corpo físico. A vida futura é o centro dos ensinamentos de Jesus e, somente ela, justifica a moral.
Vejamos o Livro dos Espíritos
958. Por que o homem repele instintivamente o nada?
Porque o nada não existe.
959. De onde vem para o homem o sentimento instintivo da vida futura?
-- Já o dissemos: antes da encarnação o Espírito conhece todas essas coisas, e a alma guarda uma vaga lembrança do que sabe e do que viu no estado espiritual. (Ver item 393).
Em todos os tempos o homem se preocupou com o futuro de além túmulo, o que é muito natural. Qualquer que seja a importância dada à vida presente, ele não pode deixar de considerar quanto é curta e sobretudo precária, pois pode ser interrompida a cada instante e jamais ele se acha seguro do dia de amanhã. Em que se tornará depois do instante fatal? A pergunta é grave, pois não se trata de alguns anos, mas da eternidade. Aquele que deve passar longos anos num país estrangeiro se preocupa com a situação em que se encontrará no mesmo. Como não nos preocuparmos com a que teremos ao deixar este mundo, desde que o será para sempre?
A idéia do nada tem algo que repugna à razão. O homem mais despreocupado nesta vida, chegado o momento supremo pergunta a si mesmo o que será feito dele e involuntariamente fica na expectativa.
Crer em Deus sem admitir a vida futura seria um contra-senso. O sentimento de uma existência melhor está no foro íntimo de todos os homens e Deus não os pôs ali à toa.
A vida futura implica a conservação da nossa individualidade após a morte. Que nos importaria sobreviver ao corpo, se a nossa essência moral tivesse de perder-se no oceano do infinito? As conseqüências disso para nós seriam as mesmas do nada.
Se acreditamos que a alma sobrevive ao corpo e que a finalidade da nossa existência é evoluir para viver plenamente essa vida futura, tudo adquire um novo significado para nós e passamos a ter um motivo para lutar pela nossa transformação. Sem a vida futura, a vida terrena não faz sentido.
Para quê então, vivemos a vida corpórea? -Para que possamos evoluir lutando pela nossa sobrevivência, trabalhando, relacionando-nos uns com os outros, etc. O Supremo Pai criou-nos simples e ignorantes para que, por nossos próprios méritos, evoluíssemos até a angelitude.
A lei do progresso não existe apenas para o homem. Todos os seres vivos, assim como a matéria, evoluem. Evoluem as plantas, os animais, os planetas, etc.
A evolução da espécie humana, do homem das cavernas ao homem tecnológico, demonstra a evolução do pensamento, da inteligência, do raciocínio humano, ou seja, da sua alma. A moral cristã aponta-nos o caminho a seguir no nosso processo evolutivo. As dores, as dificuldades (na maioria gerada pela nossa imprevidência) cumprem o papel de nos recolocar no caminho do bem ou das Leis Divinas.
Assim, são três os pontos principais da nossa mudança: primeiramente o “querer é de alta importância porque implica não apenas a vontade interesseira, imediatista, porém, todo o empenho, todo o investimento de recursos para adquirir-se o pleno comando dessa força e a sua hábil canalização com objetivos elevados”. (Plenitude – Joanna de Ângelis – grifos nossos). Em segundo lugar, é preciso recorrer a Deus com a certeza de que a sua ajuda é fundamental para o êxito de nossa nova empreitada: a mudança. É preciso que Ele nos fortaleça nesse propósito, para que resistamos às influências externas na nossa frágil vontade de mudar e para que não percamos a sintonia com as forças superiores movidas a nosso favor. Em terceiro lugar, apoiado na força divina, é preciso agir e persistir.
“Ajuda-te a ti mesmo que o céu te ajudará”. A grande contribuição deste passo é despertar o nosso “querer mudar”, orientando-nos sobre a maneira de identificarmos e melhor canalizarmos os nossos recursos internos e externos.
“O meu reino não é deste mundo” (João 18:36)
Bibliogrfia
(MIT: Manual de Instrumentos e Técnicas)
Fraternidade Cristã Espírita Luiz Sérgio -BHTE/MG
Livro dos Espíritos
16.05.2005/
03 – O CONHECIMENTO DE SI MESMO
É preciso, então, despertar em nós a necessidade de conhecer o nosso íntimo, objetivando nossa transformação dentro do sentido cristão original, ensinando e exemplificado pelo Divino Mestre Jesus.
Conhecer exclusivamente as causas e as origens de nossos traumas e recalques, de nossas distonias emocionais nos quadros da presente existência é limitar os motivos dos nossos conflitos, olvidando a realidade das nossas existências anteriores, os delitos transgressores do ontem, que nos vinculam aos processos reequilibradores e aos reencontros conciliatórios do hoje.
Na Doutrina Espírita igualmente buscamos o conhecimento de nós mesmos, embora dentro de um sentido muito mais amplo, segundo o qual entendemos que a fração eterna e indissolúvel de nosso ser só caminha efetivamente na sua direção evolutiva quando se pautando nos ensinamentos evangélicos, únicos padrões condizentes com a realidade espiritual nos dois planos da nossa existência.
As motivações que nos induzem a desenvolver nossa remodelação de comportamento projetam-se igualmente para o futuro da nossa eternidade espiritual, onde os valores ponderáveis são extremamente aqueles obtidos nas conquistas nobilizantes do coração.
Percebendo o passado longínquo de erros, trabalhamos livremente no presente, preparando um futuro existencial mais suave e edificante. Esse é o amplo contexto de nossa realidade espiritual, à qual almejamos nos integrar atuantes e produtivos.
Allan Kardec [Céu e Inferno -cap VII] mostra, nos itens 16º do Código Penal da Vida Futura, que no caminho para a regeneração não basta ao homem o arrependimento. São necessárias a expiação e a reparação, afirmando que "A reparação consiste em fazer o bem àqueles a quem se havia feito o mal”, e também "praticando o bem em compensação ao mal praticado, isto é, tornando-se humilde se tem sido orgulhoso, amável se foi rude, caridoso se foi egoísta, benigno se perverso, laborioso se ocioso, útil se for inútil, frugal se intemperante, exemplar se não o foi”.
Vemos constantemente os erros e defeitos dos que nos rodeiam e somos incapazes de perceber nossos próprios erros, tão ou mais acentuados que os dos estranhos. As nossas faltas são sempre justificadas por nós mesmos, com razões claras ao nosso limitado entendimento. Colocamo-nos sempre como vítimas.
Como podemos nos reabilitar dentro dessa visão panorâmica da nossa realidade espiritual, infinitamente ampla, é o que pretendemos. Reabilitar-se exige modificar-se, transformar o comportamento, a maneira de ser, de agir; é reformar-se moralmente, começado pelo conhecimento de si mesmo.
Múltiplas são as formas pelas quais vamos conhecendo a nós mesmos, nossas reações, nosso temperamento, o que imprime as nossas ações ao meio em que vivemos, aquilo que é a maneira como respondemos emocionalmente, como reagimos aos inúmeros impulsos externos no relacionamento social.
Quando não procuramos deliberadamente nos conhecer, alargando os campos da nossa consciência, dirigindo-a rumo ao nosso eu, buscando identificar o porquê e as causas de tantas reações desconhecidas somos igualmente levadas a nos conhecer, exatamente nos entrechoques com aqueles do nosso convívio, no seio familiar, no meio social, nos setores de trabalho, nos transportes coletivos, nos locais públicos, nos clubes recreativos, nos meios religiosos, enfim, em tudo o que compreende os contratos de pessoa a pessoa.
Em [LE-qst 919a] Santo Agostinho afirma: "O Conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual”.
Podemos concluir que a nossa existência é todo um processo contínuo de reformulação de nossos próprios sentimentos e de nossa compreensão dos porquês, como eles surgem e nos levam a agir.
Bibliografia
Manual Prático do Espírita - Ney Prietro Peres
www.geocities.com/geeceb2001/roteiro.html
29.03.2006/ecs
04 - CONHECER-SE PELA AUTO-ANÁLISE
O processo de auto-análise pode e deve ser utilizado mais intensamente pelo homem, como meio de auto educação permanente e ordenada.
PRECISAMOS sair da condição de indivíduos conduzidos pelos envolvimento do meio, reagindo e mudando , para passarmos a categoria de condutores de nós mesmos, com amplo conhecimento de nossas potencialidades em desenvolvimento.
UM MÉTODO PRÁTICO DE AUTO-ANÁLISE
S. Agostinho " Aquele que, todas as noites, lembrasse todas as suas ações do dia e se perguntasse o que fez de bem ou de mal, pedindo a Deus e ao seu anjo guardião que o esclarecessem, adquiriria uma grande força para se aperfeiçoar, porque, acreditai-me, Deus o assistirá". (LE-919-a – S.Agostinho)
01 - ESTABELECER METAS
Comecemos por definir o que deve e precisa ser modificado em nós: estabeleçamos nossas metas. Analisemos o que queremos modificar.
02 - COMO ENFRENTARMOS OS VÍCIOS MAIS COMUNS
Um caminho é começar pelos hábitos ou vícios que ainda nos condicionam a satisfações ou necessidades prejudiciais ao nosso corpo e ao nosso espírito.
03 - FIXANDO RESULTADOS PROGRESSIVOS
Os resultados progressivos tem sido causa de desanimo, ao estabelecer nossas metas achamos que as mudanças tem que ser drásticas e grandes. Mas como não conseguimos cumpri-las da noite para o dia nos desiludimos e perdemos a vontade e a coragem de continuar.
04 -FAZER UMA PROGRAMAÇÃO GERAL
A escolha das prioridades dos vícios e dos defeitos a eliminar ficará a nosso critério individual.
Algumas auto-sugestões :
A - Abandonar o cigarro decididamente...
B - Evitar a bebida corajosamente...
C - Controlar os excessos alimentares tranqüilamente, etc.,
05 - PRÁTICA DA ORAÇÃO
Oremos, com o melhor de nossas intenções, com toda a emoção, e recebamos o influxo das energias suaves que nos serão dirigidas em sustentação aos nossos propósitos.
06 - CULTIVO DAS VIRTUDES
Pode parecer que só nos preocupamos com o nosso lado inferior. Mas não precisamos também cultivar as virtudes. Um modo de cultivar as virtudes e tentar a substituição dos defeitos por virtudes:
Orgulho pela humildade
Vaidade pela modéstia e sobriedade
Inveja pela resignação
Ciúme pela sensatez e piedade
Avareza pela generosidade e beneficência
Ódio pela afabilidade e doçura
Vingança pelo perdão
Intolerância pela misericórdia
Impaciência pela paciência e mansuetude
Ociosidade pela dedicação e devotamento
Bibliografia.:
Centro Espirita Celeiro de Luz
30.03.2006/ecs
05 - CONHECER-SE NO CONVÍVIO COM O PRÓXIMO
O Evangelho relata que indagado pelos fariseus sobre qual seria o maior dos mandamentos, Jesus respondeu que é Amar a Deus acima de todas as coisas, de todo o nosso entendimento, e com toda nossa força. Este é o primeiro e maior dos mandamentos. O Segundo, que é igual ao primeiro, é amar o próximo como a si mesmo.
Amar ao próximo como a nós mesmos. Será que amamos?
Talvez respondamos.: Estou aprendendo. Estou aprendendo a aceitar as pessoas quando elas me desapontam, quando me ferem com palavras ou atitudes ásperas, impensadas. Não é fácil aceitar as pessoas como elas são. Eu desejo que elas sejam de uma maneira, porém elas teimam em ser como elas querem ser. É difícil, muito difícil, mais estou aprendendo.
Será que realmente estamos aprendendo? Principalmente, estamos aprendendo a amar?. A escutar não apenas com os ouvidos, pois, para isso só precisamos de disciplina. Com tudo, querendo aprender a escutar com a alma, com o coração, e realmente isto sim é difícil, muito difícil.
Precisamos aprender a identificar o sorriso falso, a alegria fingida, a vanglória absurda.
Precisamos aprender a descobrir a dor de cada coração. Aos poucos estaremos aprendendo a amar, a perdoar, pois o amor perdoa sempre, jogarmos fora as mágoas, porque a mágoa faz mal, contagia. O amor não cultiva pensamentos dolorosos, nem ofensas, nem auto-piedade. O amor perdoa e esquece. Extingue a dor passo a passo.
Nós precisamos e queremos descobrir valores que estão soterrados pela rejeição, pela incompreensão, pela falta de carinho, de aceitação e pelas experiências duras, vividas em muitos anos, e pela dor daqueles que a sofrem .
E, assim, estaremos aprendendo a descobrir a alma das pessoas, as possibilidades que Deus deu a cada um. Estaremos aprendendo lentamente, porque é difícil, porém não é impossível amar como Jesus de Nazaré amou. Mesmo tropeçando, errando, estaremos aprendendo.
A seguir, 2 princípios para nos orientar:
Princípio da Valorização do Ser:
Valorizamos o indivíduo separando-o do ato que praticou ou pratica.
Esse princípio nos sugere sempre separar o indivíduo (a quem não temos condições de julgar) do ato pernicioso ou vil praticado por ele.
As nossas ações são reflexos do que aqui chamamos de “reservatório moral”, ou seja, daquele conjunto formado pelos nossos conhecimentos, vivências, concepções e valores. Nossos atos estão circunscritos aos limites impostos por esse conjunto de nossas conquistas individuais.
Não importa o que o indivíduo faça, que ato cometa, ele está fazendo o melhor que pode fazer, por isso não devemos julgá-lo. Ele está lutando para transpor seus próprios limites adquirindo conhecimentos, analisando situações, sofrendo as conseqüências de suas próprias ações. Por quê rebaixá-lo ao nível do seu ato?
Isso não nos impede de termos uma opinião (segundo o nosso próprio “reservatório”) boa ou ruim do ato praticado. Por isso separamos o indivíduo do vício. Isso é valorizar o ser e não o seu ato.
Quando Jesus disse: “Se fôsseis cegos não teríeis pecado” ( Jo 9:41) quis nos mostrar que a responsabilidade de cada um pelos seus próprios atos é proporcional ao seu conhecimento da Verdade.
“Tratai todos os homens como quereríeis que eles vos tratassem” (Lc 6:31) “Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Mt. 22:39)
Princípio da Aceitação:
Aceitamos cada um com suas limitações por entender que todos fazem o melhor que podem considerando a sua trajetória evolutiva.
Só posso mudar a mim mesmo. Nada posso fazer para a mudança do outro. E se cada um é produto de suas próprias vivências, como posso pretender que o outro se modifique segundo o modelo que fixei em minha mente e que é fruto do meu próprio processo?
O princípio da aceitação nos sugere que aceitemos as pessoas com suas limitações, aprendendo a amá-las como são, compreendendo suas dificuldades, entendendo que elas fazem o melhor que podem, que estão num processo que somente elas podem acelerar. Devemos aceitá-las e não pretender mudá-las para a nossa própria satisfação.
Este princípio pressupõe a auto-aceitação. Agora eu já consigo me aceitar, me compreender e me amar apesar de estar consciente das minhas imperfeições e fraquezas. Sou um ser imperfeito como todos os demais habitantes do Planeta. Não me envergonho disso, porque também sei que tenho qualidades e que a minha finalidade na Terra é lutar pelo meu progresso A minha imperfeição não me torna inferior a ninguém. Agora eu sei que minhas deficiências podem ser superadas e que eu superarei todas elas..
Aceitar não significa ser conivente, submisso, resignado. Em relação aos outros, devemos fazer a única coisa possível: a nossa parte, ou seja, orientar (sem ostentação) e exemplificar. Aceitando as minhas limitações fica mais fácil entender as limitações dos outros, fica mais fácil perdoar .
“E consideremo-nos uns aos outros para nos estimularmos à caridade e às boas obras.” (Hebreus 10:24)
Bibliografia.:
ESE.: Evangelho Segundo e Espiritismo
Programa Renascer – Fraternidade Espírita Cristã Luiz Sérgio
19.04.2006/ecs
MENSAGEM
A VIAGEM
Dias desses, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma comparação bem interessante, quando bem interpretada.
Interessante, porque nossa vida é como uma viagem de trem, cheia de embarques e desembarques, de pequenos acidentes pelo caminho, de surpresas agradáveis com alguns embarques e de tristezas com desembarques...
Quando nascemos, ao embarcarmos nesse trem, encontramos duas pessoas que, acreditamos que farão conosco a viagem até o fim: nossos pais.
Não é verdade, Infelizmente, em alguma estação, eles desembarcam, deixando-nos órfãos de seus carinho, proteção, amor e afeto.
Mas isso não impede que, durante a viagem, embarquem pessoas interessantes que virão ser especiais para nós: nossos irmãos, amigos e amores.
Muitas pessoas tomam esse trem a passeio. Outras fazem a viagem experimentando somente tristezas. E no trem há, também, outras que passam de vagão em vagão, prontas para ajudar quem precisa.
Muitos descem e deixam saudades eternas. Outros tantos viajam no trem de tal forma que, quando desocupam seus assentos, ninguém sequer percebe.
Curioso é considerar que alguns passageiros que nos são caros que acomodam-se em vagões diferentes do nosso.
Isso nos obriga a fazer essa viagem separados deles. Mas isso não nos impede de, com grande dificuldade, atravessarmos nosso vagão e chegarmos até eles. O difícil é aceitarmos que não podemos sentar ao seu lado, pois outra pessoa estará ocupando esse lugar.
Essa viagem é assim: cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperas, embarques e desembarques. Sabemos que esse trem jamais volta.
Façamos essa viagem da melhor maneira possível, tentando manter um bom relacionamento com todos, procurando em cada um o que tem de melhor, lembrando sempre que, em algum momento do trajeto poderão fraquejar, e, provavelmente, precisaremos entender isso.
Nós mesmos fraquejamos algumas vezes. E, certamente, alguém nos entenderá.
O grande mistério é que não sabemos em qual parada desceremos.
E fico pensando: quando eu descer desse trem sentirei saudades? Sim.
Deixar meus filhos viajando sozinhos será muito triste. Separar-me dos amigos que nele fiz, do amor da minha vida, será para mim dolorido.
Mas me agarro na esperança de que, em algum momento, estarei na estação principal, e terei a emoção de vê-los chegar com sua bagagem, que não tinham quando embarcaram.
E o que me deixará feliz, é saber que, de alguma forma, eu colaborei para que essa bagagem tenha crescido e se tornado valiosa.
Agora, nesse momento, o trem diminui sua velocidade para que embarquem o desembarquem pessoas. Minha expectativa aumenta, à medida que o trem vai diminuindo sua velocidade...
Quem entrará? Quem sairá?
Eu gostaria que você pensasse no desembarque do trem, não só como a representação da morte, mas também, como o término de uma história, de algo que duas ou mais pessoas construíram e que, por motivo ínfimo, deixaram desmoronar.
Fico feliz em perceber que certas pessoas como nós, têm a capacidade de reconstruir para recomeçar. Isso é sinal de garra e de luta, é saber viver, é tirar o melhor de “todos os passageiros”.
Agradeço muito por você fazer parte da minha viagem, e por mais que nossos assentos não estejam lado a lado, com certeza, o vagão é o mesmo.
“Perguntais se é permitido abrandar as vossas próprias provas. Essa questão leva a esta: É permi¬tido àquele que se afoga procurar se salvar? Àquele que tem um espinho cravado, de retirá-lo?...” “...contentai-vos com as provas que Deus vos envia e não aumente a carga, às vezes tão pesada...” (Cap. V item 26)
Sofremos porque ainda não aprendemos a amar, afinal, a lei divina nos incentiva ao amor, como sendo a única forma capaz de promover o nosso crescimento espiritual.
Os métodos reais da evolução só acontecem em nós, quando entramos no fluxo educativo do amor, porque sofrer por sofrer não tem significado algum, pois a dor tem como função resgatar as almas para as faixas nobres da vida, por onde transitam os que amam em plenitude.
Temos acumulado inúmeros conhecimentos através das névoas dos séculos, pelas estâncias por onde nossas almas estagiaram, e aprendido invariavelmente que somente repararíamos nossos desacertos e equívocos frente à vida, através do binômio "dor-castigo".
Jó afirmava: "e Deus na sua ira lhes repartirá as dores"; na Gênesis, em se referindo aos castigos da mulher: "multiplicarei os teus trabalhos e em meio da dor darás à luz a filhos", são algumas dentre muitas assertivas que nos levaram a formar crenças profundas que somente o sofrimento era capaz de sublimar as almas, ou reparar negligencias, abusos e crimes.
Quem é que gosta da dor, seja física ou moral? Naturalmente ninguém. Pelo contrário, todos almejam a felicidade. Entretanto, buscar a felicidade de maneira equivocada, pode-se facilmente provocar a dor física ou moral.
A melhor forma de nós encarnados evitarmos, ou pelo menos minimizarmos a dor e buscar conhecer melhor a nós mesmos. Estejamos no dia-a-dia sempre alertas, passando em revista nossos atos, atitudes e pensamentos. Será que não faltamos com o cumprimento de algum dever. Será que ninguém tem motivos para queixar-se de nós. Todas as noites façamos um exame de consciência, rememorando nossas ações e em nossas preces peçamos a Deus e ao nosso Anjo Guardião que tenhamos força para nossa Reforma Intima e nosso Pai de Infinito Amor e Bondade nos assistirá.
O conhecimento de nós mesmos é a chave do melhoramento individual. A revolta, consciente ou inconsciente que porventura vivamos, é uma das causas dos sofrimentos atuais: quem sofre uma dor com sentimentos de revolta, sofre-a duplamente (a primeira pela dor em si, seja ela física ou moral; a segunda pela revolta propriamente dita). Convém lembrar que representa sempre uma Revolta contra Deus. É como se a pessoa que sofre dissesse: Deus está permitindo que eu receba um sofrimento que não mereço.
Simplesmente não há progresso sem luta e perseverança na direção do bem. Essa é a Lei.
Revoltar-se é candidatar-se a maiores sofrimentos, mesmo porque, no homem, o espírito age sobre a matéria e vice-versa, podendo potencializar, isto é aumentar os sofrimentos e causar outros, conforme os sentimentos que carregue no seu íntimo.
Podemos evitar muitas novas dores enfrentando com serenidade nossas provas e orientando positivamente nossos sentimentos.
O processo de Reforma Intima é fundamental nesse contexto. Se no HOJE está havendo a colheita do ONTEM, próximo ou distante, existe também a semeadura do amanhã, podendo-se a cada dia renovar o destino para melhor, se quiser com determinação.
A vida nos oferece também, alegrias e conquistas, requerendo muitas vezes, renúncia e muitas vezes com pinceladas de profundas dores.
No aspecto geral a experiência da vida sempre nos oferece resultados proveitosos, fazendo o sofrimento, parte do cardápio humano como elemento essencial. E sabem porque? Por que não é possível o crescimento espiritual sem dores e angústias.
O importante é a atitude ponderada diante do infortúnio. O insubmisso foge transferindo suas dores e misérias para outrem, furtando e matando seu semelhante... O que se deleita com o próprio sofrimento busca-o e o manifesta entre lamúrias e máscaras de dor... Os derrotados se entregam ao sofrimento, fazendo tempestades em copo d’água, reclamando de tudo e de todos. Resumindo, nenhum descobriu o significado da vida e talvez longo tempo ainda levem para descobri-lo, mas um dia terão conhecimento e tolerância, paciência, humildade, solidariedade, perdão, misericórdia e dignidade, que são alicerces da paz e esteio da vida.
Aquele que planta uma árvore, certo de que não desfrutará de suas flores, de seus frutos ou de sua sombra, descobriu o verdadeiro significado da vida, pois está plantando bem-estar para alguém. Não importa se lhe creditem ou não méritos, importa que alguém sentir-se-á bem com a sua ação, com se desvelo, com seu carinho.
Que o trabalhador espírita se mantenha em seu posto, seja qual for a sua prova e, dentro das possibilidades que se apresentem, auxilie o seu próximo também.
Que hoje seja o marco de nossa renovação espiritual, tendo por bandeira, o ensino Crístico, que não se restringiu às Bem Aventuranças, mas foi muito além, ensinando o valor da virtude, da temperança, do amor ao próximo, da prática da justiça e da caridade.
Bibliografia.
- (Livro Renovando Atitudes, espírito Hammed, Francisco do Espírito Santo Neto –
Resumo)
- http://mensageirodaluz.blogspot.com/2004/06/dor.html - (Resumo)
30.03.2006/ecs
07 – OBJETIVO DO HOMEM NA TERRA
Descendo o Cristo das esferas de luz da Espiritualidade Superior à terra, teve por escopo orientar a Humanidade na direção do aperfeiçoamento.
"Brilhe a vossa luz" - eis a palavra de ordem, enérgica e suave, de Jesus, a quantos lhe herdaram o patrimônio evangélico, trazido ao mundo ao preço do seu próprio sacrifício. A infinita ternura de sua angelical alma sugere-nos, incisiva e amorosamente, o esforço benéfico: "Brilhe a vossa luz."
O interesse do Senhor é o de que os seus discípulos, de ontem, de hoje e de qualquer tempo, sejam enobrecidos por meio de uma existência moralizada, esclarecida, fraterna.
O Evangelho aí está, como presente dos céus, para que o ser humano se replete com as suas bênçãos, se inunde de suas luzes, se revigore com as suas energias, se enriqueça com os seus ensinos eternos.
O Espiritismo, em particular, como revivescência do Cristianismo, também aí está, ofertando-nos os oceânicos tesouros da Codificação. Pode-se perguntar: de que mais precisa o homem, para engrandecer-se pela cultura e pelo sentimento, se lhe não faltam os elementos de renovação, plena, integral, positiva?!...
Que falta ao homem moderno, usufrutuário de tantas bênçãos, para que "brilhe a sua luz"?. A renovação do homem, sob o ponto de vista moral, intelectual e espiritual, é difícil, sem dúvida. Mas é francamente realizável.
E indispensável, tão-somente, disponha-se ele ao esforço transformativo, com a conseqüente utilização desses recursos, desses meios, desses elementos que o Evangelho e o Espiritismo lhe fornecem exuberantemente, farta e abundantemente, sem a exigência de qualquer outro preço a não ser o preço de uma coisa bem simples: a boa-vontade. A disposição de automelhoria.
O homem, para renovar-se, tem que estabelecer um programa tríplice, como ponto de partida para a sua realização íntima, para que "brilhe a sua luz", baseado no Estudo, na Meditação e no Trabalho.
ESTUDO: - O estudo se obtém através da leitura do Evangelho, dos livros da Doutrina Espírita e de quaisquer obras educativas, religiosas ou filosóficas, que o levem a projetar a mente na direção dos ideais superiores.
O estudo deve ser meditado, assimilado e posto em prática, a fim de que se transforme em frutos de renovação efetiva, positiva e consciente: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos fará livres."
MEDITAÇÃO: - A meditação é o ato pelo qual se volve o homem para dentro de si mesmo, onde encontrará a Deus, no esplendor de sua Glória, na plenitude do seu Poder, na ilimitada expansão do seu Amor: "O Reino de Deus está dentro de vós."
Através da prece, na meditação, obterá o homem a fé de que necessita para a superação de suas fraquezas e a esperança que lhe estimulará o bom ânimo, na arrancada penosa, bem como o conforto e o bem-estar que lhe assegurarão, nos momentos difíceis, o equilíbrio interior.
Na meditação e na prece haurirá o homem a sua própria tonificação, o seu próprio fortalecimento moral e a inspiração para o bem.
TRABALHO: - O trabalho, em tese, para o ser em processo de evolução, configura-se sob três aspectos principais: material, espiritual, moral.
Através do trabalho material, propriamente dito, dignifica-se o homem no cumprimento dos deveres para consigo mesmo, para com a família que Deus lhe confiou, para com a sociedade de que participa.
Pelo trabalho espiritual, exerce a fraternidade com o próximo e aperfeiçoa-se no conhecimento transcendente da alma imortal.
No campo da atividade moral, lutará, simultaneamente, por sublimar aquelas com que já se sente aquinhoado.
Em resumo: aquisição, cultivo e ampliação de qualidades superiores que o distanciem, em definitivo da animalidade em que jaz há milênios de milênios: "É na vossa perseverança que possuireis as vossas almas."
A palavra do Senhor - "BRILHE A VOSSA LUZ" - impele-nos na atualidade, à realização deste sublime programa: Renovação moral, cultural e espiritual.
A estrada é difícil, o caminho é longo, repleto de espinhos e pedras, de obstáculos e limitações, porém, a meta é perfeitamente alcançável. Uma coisa, apenas, é indispensável: um poucode boa-vontade - Boa-vontade construtiva, eficiente, positiva. O resto virá, no curso da longa viagem...
Bibliografia.:
Livro: E.E. - Estudando o Evangelho -Autor: Martins Peralva
30.03.2006/ecs.
08 – RENOVAÇÃO DO HOMEM INTERIOR
Reportando-se à necessidade de mudança, disse Paulo de Tarso aos discípulos de Éfeso que era preciso “renovar-vos pela transformação espiritual da vossa mente, e revestir-vos do Homem novo”.
Somos um todo, corpo e alma, regido pelas normas amoráveis de Deus. O ser inflexível tende a ficar parado no tempo e a não se adaptar, enquanto que o maleável desliza suavemente no tempo, atualiza-se e se coloca a par das coisas novas.
Se não buscarmos a renovação em nossa existência, estacionaremos. É incontestável que a criatura que parou à margem da estrada evolutiva sofrerá as intempéries de uma jornada inacabada. Quem paralisou a própria caminhada dificultará seu crescimento espiritual.
Quem não se renova assemelha-se à grandiosidade da semente na terra. “É como um grão de mostarda, que, quando é semeado na terra – sendo a menor de todas as sementes da terra – quando é semeado, cresce e torna-se maior que todas as hortaliças...!”.
Lembremos de que a água renovada é corrente enquanto que a água estagnada é aquela que em breve, por inércia, se deteriorará, tornando-se um foco de larvas e de putrefação.
Ao se renovar, o homem transformará o mundo. Não devemos voltar nossa atenção para modificar as coisas de fora, mas para aprimorar ou despertar as coisas da nossa intimidade.
É antigo o hábito que desenvolvemos de procurar no mundo exterior uma desculpa para tudo o que ocorre de negativo em nossa existência. Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão de que não somos nós que atraímos nossos conflitos e dificuldades. É preciso entender que as energias mentais que irradiamos são responsáveis por tudo o que atraímos em nossa vida. Devemos assumir essa responsabilidade perante a própria existência.
A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não poderemos fazê-la pelos outros. Quanto mais depressa aprendermos isso, menos sofreremos e mais rápido encontraremos harmonia no lar.
No processo reencarnatório, os Espíritos são “atraídos pela semelhança de suas tendências”: portanto, é nosso reino interior que atrai aqueles que serão nossos familiares, criaturas com específica estrutura íntima e valores ajustados a um determinado padrão evolutivo. Nelas encontraremos apoio para aprimorar nossas capacidades e estímulos para despertarmos habilidades e possibilidades inatas.
Os Espíritos Superiores asseveram a Allan Kardec que “o homem deve progredir sem cessar e não pode retornar ao estado de infância. Se ele progride é porque Deus quer assim”.
Nada vem do nada. Os caminhos renovadores quase sempre aparecem em nossa jornada evolutiva como possíveis “coincidências”, na realidade, são experiências imprescindíveis que atraímos e que se encaixam perfeitamente nas nossas necessidades de renovação interior.
A psicologia Junguiana chama as “coincidências” que ocorrem em nossas vidas de “fenômenos sincronísticos (simultâneos)”, mas, ajustando conceitos a fim de adequá-los aos postulados da fé espírita, poderemos nomeá-las de “intervenção divina” ou “desígnios de Deus”. No entanto, seja qual for a denominação que utilizarmos, tenhamos a certeza de que tudo aquilo que nos acontece tem como objetivo profundo a renovação da alma e como propósito o bem comum. O despertar vem de um modo que nem imaginamos. Nesses momentos, perguntamo-nos: o que Deus quer de mim?
O progresso que atingimos hoje é compatível com o crescimento que tivemos ontem. Cada passo dado a caminho da maturidade é proporcional à etapa percorrida anteriormente.
Avançamos pelo Universo em conjunto harmônico com os outros seres humanos. A orquestra cósmica da qual compartilhamos é muito mais ampla do eu podemos imaginar, e cada um precisa contribuir com sua cota de participação do mundo. Somos parte do Universo e ele é parte de nós.
Por isso não desanimamos: Pelo contrário,
Mesmo que o nosso homem exterior se corrompa.
O interior, contudo, se renova de dia em dia.
Bibliografia:
- Um Modo de Entender – Uma nova forma de viver. Francisco do Espírito Santo Neto
ditado por Hammed.
- Os prazeres da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto – ditado por Hammed.
RENOVAÇÃO
(A Águia)
A águia é uma ave muito especial!
É a que mais tempo vive, cerca de 70 anos, e é a que voa mais alto. Mas, para que isso aconteça, é necessário que ela passe por uma grande transformação.
Nem todas têm coragem de se renovar, então estas não sobrevivem. Quando chegam à determinada idade, estão com as penas velhas, seus canos grossos, o que as impedem de voar, as unhas e o bico estão compridos demais, curvados, impedindo-as de agarrar o alimento e de se alimentar.
Então, numa atitude instintiva e de coragem pela sobrevivência, algumas águias procuram um lugar alto, próximo a uma rocha, onde fazem, um novo ninho para o processo que virá. Começando o processo de renovação, batem as unhas contra a rocha até que se quebrem e fiquem em carne viva.
Em seguida o bico, batida após batida, até cair. Enquanto isso, a águia é alimentada por outras do grupo, para que sobreviva.
Quando as unhas começam a crescer, ela vai arrancando as penas uma a uma. Após aproximadamente 150 dias, está completo o processo. Então ela parte para o tão famoso vôo de renovação.
E nós também precisamos sempre nos renovar, nos renovar em
Jesus, quebrando as cadeias que nos prendem ao pecado para sermos livres e podermos voar como a águia.
(C:Eurico/Mensagens/A Águia – 10.05.2006)ecs
Jesus repreendera fariseus e escribas a respei¬to da formalidade de lavar as mãos antes das refeições como um pre¬ceito religioso, em vez de sanitário, porque, para Ele, pureza ou impureza provinha do íntimo das pessoas e não de cultos externos, ensinando que o mal não está na natureza das coisas e sim no coração humano.
Tenhamos cuidado com o destempero de nossas palavras. Uma frase dita com ressentimento pode destruir.
O que vem do coração verdadeiramente contamina o homem. Todo pensamento criado pelo espírito, antes de atingir o alvo, atravessa a atmosfera espiritual de quem o emite.
Pensemos duas vezes antes de proferi-la. O desequilíbrio de nossas palavras pode provocar verdadeiras tragédias que mais cedo ou mais tarde voltar-se-ão contra nós mesmos.
Se estamos ressentidos, magoados ou aborrecidos com alguém, tenhamos prudência de silenciar nosso desequilíbrio interno. Se não estamos em condições de harmonizar-nos internamente, tenhamos o controle do silêncio. Calar diante de um ataque denota sabedoria.
Alexandre Dumas gostava de dizer: “que para cada mal há dois remédios: o tempo e o silêncio”.
Se soubermos silenciar no momento certo, talvez amanhã nosso ressentimento estará superado.
Emmanuel nos aconselha a colocar um pouco de água na boca e não engoli-la diante do adversário abusado. Quando estivermos a ponto de explodir diante de um antagonista, ao invés do revide, providenciemos imediatamente um pouco d’água conservando-a na boca.
O silêncio é uma grande força que podemos lançar mão quando estamos prestes a ofender e magoar as pessoas. É uma força interna que poucos sabem usar.
Se tivermos força suficiente para silenciarmos após iniciada uma discussão, sentiremos toda a grandeza de nossa ação.
O simbolismo de nascermos com dois ouvidos e apenas uma boca nos diz da necessidade de ouvirmos mais e falarmos menos. Diz a sabedoria popular que se a “palavra é de prata, o silêncio é de ouro”. Nesta afirmação está contida a sabedoria de milênios da evolução humana. Façamos dela nosso lema de vida.
Jesus também assim nos ensinou: “Ouvi e entendei: Não é o que entra pela boca o que contamina o homem, mas o que sai da boca, isto, sim, contamina o homem”.(Mt 15:10-11)
Jesus sempre se colocou moralidade e ética acima dos preceitos da lei, apesar de ter dito que não viera destruí-la.
Em Lucas, encontramos: “O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o bem, e o mau do mau tesouro do seu coração tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração”.
O mal nasce no nosso íntimo e depois se concretiza em atos. Com os maus pensamentos surgem os raciocínios maldosos que geram homicídios, adultérios, furtos, prostituição, más palavras, falsos testemunhos, blasfêmias e calúnias.
“São estas coisas que contaminam o homem; mas o comer sem lavar mãos não o contamina”.
A base desses ensinos é que sem a Reforma Ínti¬ma, jamais conseguiremos purificar nossos corações. E sem coração purificado, jamais sairão da nossa boca coisas que honrem e elevem a nossa alma.
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Esopo e a Língua
Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:
Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está à venda no mercado.
Como? - perguntou o amo surpreso - Tens certeza do que está falando? Como podes afirmar tal coisa?
Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.
Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos, voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua, e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para explicar-se.
Meu amo, não vos enganei - retrucou Esopo. - A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?
Boa, meu caro - retrucou o amo. - Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?
É perfeitamente possível, senhor. E com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda Terra.
Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote, semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, o amo encontrou novamente pedaços de língua.
Desapontado, interrogou o escravo, e obteve dele surpreendente resposta:
Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais. Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? - indagou Esopo.
Impressionado com a inteligência invulgar do serviçal, o senhor calou-se, comovido, e o velho chefe, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade, que Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da antigüidade, e cujas histórias até hoje se espalham por todo mundo.
Clareia e adoça tua palavra, para que o teu verbo não acuse nem fira, ainda mesmo na hora da consagração da verdade. Fala pouco. Pensa muito. Sobretudo, faça o bem. A palavra sem ação não esclarece a ninguém.
Bibliografia
(Resumo do texto com mesmo título, do Livro Rabboni -Sergito Souza Cavalcanti).
12.03.2006/ECS
No nosso estado mental normal, nossos pensamentos são descontrolados e rebeldes; e, como nos falta a disciplina mental para dominá-los, somos incapazes de controlá-los. Resultado são eles que nos controlam. E os pensamentos e emoções, por sua vez, costumam ser controlados pelos nossos impulsos negativos, em vez de o serem pelos positivos. Precisamos inverter esse ciclo, de modo que nossos pensamentos e emoções sejam liberados da subserviência aos impulsos negativos e que nós mesmos, na nossa individualidade, ganhemos controle sobre nossa própria mente.
Normalmente, se tirarmos apenas um momento para refletir, veremos que nossa mente é totalmente dispersiva. Podemos estar pensando em alguma coisa e, de repente, descobrimos que fomos distraídos porque algum outro pensamento entrou na nossa cabeça. Nossos pensamentos estão constantemente correndo atrás disso ou daquilo porque não temos a disciplina de concentrar a atenção.
O pensamento é o nascedouro das emoções, no fluir do bem ou do mal pensar; é o instrumento primário a oferecer material para o exercício do livre-arbítrio. É como fonte de água que, nascendo pura e cristalina, serve a muitos, mas, deixando-se contaminar, terá sua serventia comprometida. O pensamento deve ser a fonte da vida e sua qualidade decorrerá da qualidade dessa vida. O pensamento em direção ao bem emana amor, em direção à luz emana iluminação para o aprendizado.
Por isso, busquemos a segurança do nobre pensar para que daí surjam grandes atitudes. Lutemos para que o pensar em desalinho com a harmonia do amor evangélico não seja uma realidade em nós.
Quando reconhecemos os pontos fortes e fracos de diferentes tipos de pensamentos e emoções, bem como suas vantagens e desvantagens, conseguimos aprimorar nossos estados mentais positivos que contribuem para uma sensação de serenidade, tranqüilidade e contentamento além de reduzir a incidência daquelas atitudes e emoções que conduzem ao sofrimento e à insatisfação. Desse modo, o raciocínio desempenha um papel de grande auxílio nesse processo.
É comum o homem viver como se o pensamento acontecesse a esmo, independentemente de sua vontade, como algo incontrolável, que não desse aceso ao querer ou não querer, como se o pensamento fosse alheio à razão.
O homem pode e deve lidar com o seu pensamento como algo que domina e controla, mas consciente de que, para seu bem estar, deve ser o senhor de tal situação, não se deixando levar pelo pensar abrupto, como muitas vezes acontece no calor das emoções. Mas quando o assunto é controlar-se, combater as más tendências, aprimorar-se, banir de si as vibrações mais densas, acha que não está apto para tal proeza.
Cuidar do pensamento é como zelar de uma casa, para que seus habitantes vivam em harmonia; o descuidar dessa casa mental pode ser, inevitavelmente, a fonte para o mal proceder.
Nossa mente é um instrumento de análise para o que o bom senso atue e nos mostre como e quando devemos agir. Do mesmo modo, de outras esferas surgem inspirações que nos levam à prática da inatividade, da indisciplina, da volúpia das sensações inferiores e que são facilmente absorvidas pelo homem, dada sua proximidade dessas esferas inferiores. Abusos de toda sorte são tidos como felicidade e prazer quando são, na verdade, desafios insanos à segurança e ao respeito à vida. O abuso dos bens de consumo é difundido como imprescindível, mas você saberá entremear o que a mídia lhe passa com pensamentos sadios e educados pela sua maturidade.
Que cada um seja o responsável pelo seu pensar, elegendo como prioridade o que for realmente necessário ao bem estar geral. O pensamento não pode ser manipulado pela máquina do materialismo e do consumismo. O homem não deve aceitar ser um robô, escravo de imagens montadas e que pouco trazem de bom. Preferimos o simples, optemos por nós mesmos; ao invés de termos idéias compradas, conquistemos arduamente a independência da consciência tranqüila. Da saúde, da paz e do amor. Não julguemos os que assim agem, mas não sejamos um deles; oremos por eles, mostrando o melhor caminho, pelo exemplo retamente vivenciado.
Jesus foi um Homem-Luz e deixou-nos as parábolas para que, através do pensamento e da escolha, sejamos os donos de nossas conquistas e assim possamos receber o quinhão que nos cabe nos planos espirituais.
Bibliografia.:
- Resumo do Livro Força do Pensamento – (pelo Espírito) Miramez; (Psicografado por) Sissi Antunes.
- Resumo do livro "Transformando a Mente", XIV Dalai Lama, trad. Waldéa Barcellos, transcrito com autorização da Editora Martins Fontes - http://www.martinsfontes.com
31.03.2006/ecs n
DOIS HOMENS DOENTES
Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos seus pulmões. A sua cama estava junto da única janela do quarto.
O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas. Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, ele passava o tempo a descrever ao seu companheiro de quarto, todas as coisas que ele conseguia ver do lado de fora da janela. O homem da cama do lado começou a viver à espera desses períodos de uma hora, em que o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cor do mundo do lado de fora da janela. A janela dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com as suas barquinhas. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem, e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinário pormenor, o homem no outro lado do quarto fechava os seus olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que ia a passar. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, ele conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro senhor a retratava através de palavras bastante descritivas. Dias e semanas passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para os seus banhos, e encontrou o corpo sem vida do homem perto da janela, que tinha falecido calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para que levassem o corpo. Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse logo que sim e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, homem ergueu-se, apoiado no cotovelo, para contemplar o mundo lá fora. Fez um grande esforço e lentamente olhou para o lado de fora da janela... que dava, afinal, para uma parede de tijolo!
O homem perguntou à enfermeira que teria feito com que o seu falecido companheiro de quarto, lhe tivesse descrito coisas tão maravilhosas do lado de fora da janela. A enfermeira respondeu que o homem era cego e nem sequer conseguia ver a parede. "Talvez ele quisesse apenas dar-lhe coragem...".
Há uma felicidade tremenda em fazer os outros felizes, apesar dos nossos próprios problemas. A dor partilhada é metade da tristeza, mas a felicidade, quando partilhada, é dobrada. Se te queres sentir rico, conta todas as coisas que tens que o dinheiro não pode comprar. "O dia de hoje é uma dádiva, por isso é que lhe chamam presente”.
(mensagens-2006/ dois enfermos . janela . )28.06.2006/ecs
11 – AMIZADE COM O HOMEM VELHO
Vamos juntos fazer uma viagem ao encontro de nossa sombra. Antes, porém, recordemos alguns conceitos.
A eficácia do labor de renovação depende essencialmente da capacidade do encontro harmônico com as mazelas que, habitualmente, desejamos ignorar.
Aceitar-se é ter a coragem de olhar para si mesmo, criar uma “autocatarse” (autodepuração de idéias), ser em si mesmo, um espelho para analisar as suas reações e proceder a uma “busca terapêutica” para dignificação.
Aceitação é diferente de conformismo com o mal.
Aceitar-se é admitir a si mesmo suas limitações com finalidades de estudá-las para transformá-las.
Que haja muito discernimento nesses conceitos: aceitar imperfeições é muito diferente de aceitar erros.
A inimizade com o homem velho é extremamente prejudicial ao desenvolvimento dos valores divinos, porque gastamos toda energia para combater-nos e não para talhar virtudes e conquistar nossa sombra.
Há muitos espiritistas que seguem normas lidas aqui e acolá, quando o importante é sermos as normas em nós próprios, descobri-las a partir de nosso mundo singular e inigualável. Livros e palestras, orientações e vivências dos outros são valorosas referências para ponto de partida de uma longa viagem que terá de ser trilhada com nossos próprios pés.
Nada sofre destruição e aniquilamento, tudo é transformado e aperfeiçoado em a natureza.
Não se mata o que fomos, conquistamos.
Não se extermina com o passado, harmonizamos.
O auto-amor é a medida moral de paz conosco mesmo em favor dos objetivos maiores que almejamos. Não há liberdade interior sem a presença do amor.
Vamos então meditar e encontrar com nosso homem velho.
Sim, é seu homem velho, sua criação... Olha-o com amor sem se aproximar... Procure externar os melhores sentimentos para com ele.
Ele não lhe diz nada, todavia, ouve-te os sentimentos e agora fixa os teus olhos. Olha-o também, perceba que é uma cópia de você, apenas mais desgastado e triste.
Não receie o encontro, mas não lhe toque por agora, apenas fale com ele. Pergunte-lhe as razões de suas tristezas e desgastes. Indaga-lhe o que quizer ou apenas sinta-o. Fique assim por algum tempo.
Quero lhe dar vida, pois do contrário ficará preso ao passado, ficará só, cultivando desejos irrealizáveis, se ferindo. Disse Jesus: “Vinde a mim os cansados e oprimidos, eu os aliviareis...”
Faça agora o encontro Divino e redentor; abrace-o com muito amor.
Seu homem velho renova-se em luz e se funde com você em paz.
Todos temos um incomparável valor perante a vida, compete-nos descrobri-lo e viver plenamente.
Bibliografia:
- Reforma Íntima Sem Martírio- (resumo) – Wanerley S. de Oliveira
24.05.2006/ecs
12 – VELHOS HÁBITOS – VÍCIOS - (1ª. PARTE)
Em primeiro lugar, é necessário conceituar que vícios são dependências vigorosas e profundas de uma pessoa que se encontra sob o controle dos outros ou de coisas.
Portanto, vícios não podem ser somente considerados como o consumo de tóxicos, ou produtos de origem natural, ou sintética, mas sim, analisando-os em profundidade, são interpretados como atitudes mentais que nos levam compulsoriamente a ser subjugados por situações e pessoas.
Dessa forma, entendemos que os fatores que propiciam os vícios e as compulsões são os vividos em ambientes familiares/sociais desarmônicos, desta ou de outras encarnações, onde deixamos as pressões, traumas, coações, desajustes e conflitos se enraizarem em nossa "zona mental" ou "perispiritual", pois vícios não passam de efeitos externos de nossos conflitos internos.
O hábito ou vício do uso do álcool, sexo, nicotina, jogos diversos ou drogas farmacológicas são formas amenizadoras que compensam momentaneamente áreas frágeis de nossa alma desestruturada, que aliviam as carências, as ansiedades, os desajustes, as tensões psicológicas e que reduzem os impulsos energéticos que produzem as insatisfações e o chamado "mal estar interior".
Pode parecer que as opções vício/dependência disfarçam ou abrandam a "pressão torturante", porém, o desconforto permanece imutável.
O álcool e a droga são sedativos ou analgésicos, mas são de gravíssimas conseqüências e denominados "vícios autodestrutivos". A comida é uma dependência considerada "vicio neutro" de inicio, para depois, transformar-se numa "opção de fuga" negativa e profundamente desorganizadora do nosso corpo físico/psíquico.
Há manias ou vícios comportamentais tão graves e sérios que nos levam a ser tratados e considerados como pessoas de difícil convivência, isto é, inconvenientes:
- Vício de falar descontroladamente sem raciocinar, desconectando-nos do equilíbrio e bom senso.
- Vício de mentir constantemente para si mesmo e para os outros, por não querermos tomar contato com a realidade.
- Vício de lamentarmo-nos sistematicamente, colocando-nos como vítima frente à vida, para continuarmos receben¬do a atenção dos outros.
- Vício de acharmo-nos sempre certos, para podermos suprir a enorme insegurança que existe em nós.
- Vício incontido de gastar desnecessariamente, sem utilidade, a fim de adiarmos decisões importantes de nossa vida.
- Vício de criticar e mal julgar as pessoas, para nos sen¬tirmos maiores e melhores que os outros.
- Vício de trabalhar descontroladamente sem interrupção, para distrairmo-nos interiormente, para não termos tempo de ocupar-nos com os conflitos que não temos coragem de enfrentar.
Inquestionavelmente as chamadas viciações são resul¬tados do medo de assumir o controle de nossa vida, e, ao mesmo tempo, do medo de nos responsabilizar por nossos atos e atitudes, permitindo que eles fiquem fora de nosso controle e de nossas escolhas.
Mas quaisquer que sejam os motivos e a origem de nossos "velhos hábitos", urge a necessidade de estabelecermos pontos fundamentais, a fim de que comecemos por examiná-los primeiramente, "como é que somos" dependentes emocionalmente e "qual é a forma" de relacionarmo-nos com essa dependência.
Eis alguns itens também a serem observados e que possivelmente nos ajudarão a ser mais independentes e capazes de satisfazer nossos desejos e vocações naturais, e, ao mesmo tempo, estarmos junto a pessoas e situações sem tornar-nos parcial ou totalmente dependentes delas:
- Aguçar nossa capacidade de decidir, de optar e de esco¬lher cada vez mais livre e independente das opiniões alheias.
- Combater nossa tendência de sermos "bonzinhos", ou melhor, querermos ser sempre agradáveis aos outros, mesmo pagando o preço de nos desagradar.
- Estimular nossa habilidade de dizer "não", quantas vezes forem necessárias, desenvolvendo nosso "senso de autonomia" a fim de não cair nos "modismos" ou "pressões grupais".
- Estabelecer no ambiente familiar um clima de respeito e liberdade, para que possamos ser nós mesmos, e deixarmos os outros serem eles mesmos.
- Criar padrões de comportamentos positivos, pois comportamentos são hábitos, e nossos hábitos são os que determinam a facilidade de aceitarmos ou não as circunstâncias da vida.
- Conscientizar de que somos seres humanos livres por natureza, mas também responsáveis por nossos atos e pensa¬mentos, pois recebemos por herança natural o livre-arbítrio.
- Cultivar constantemente o autoconhecimento:
1 ). Reforçando nossa visão nos traços de nossa persona¬lidade
que já conhecemos.
2). Buscando nossos traços interiores, que ainda nos são desconhecidos.
3 ). Analisando as opiniões das outras pessoas que já conhecem o nosso
perfil psicológico, que nós ainda não percebemos.
4). Aceitando plenamente nosso lado "inadequado", sem ja¬mais
escondê-lo de nós mesmos e dos outros, tentando equilibrá-lo.
Meditemos, pois, sobre essas reflexões que, com certeza, nos ajudarão a libertar-nos dessas "necessidades constrangedoras" cujas verdadeiras matrizes se encontram na intimidade de nós mesmos.
Bibliografia.:
(Do livro Renovando Atitudes, espírito Hammed, Francisco do Espírito Santo Neto)
15.03.2006/ecs
13 – VELHOS HÁBITOS – VÍCIOS – (2ª. PARTE)
O vício pode ser um “erro de cálculo” na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.
Os vícios também são considerados como obsessão, pois à vontade do indivíduo se junta a vontade dos Espíritos desencarnados ainda ligados aos vícios materiais. É claro que eles não podem beber ou fumar diretamente, mas absorvem a energia dos viciados encarnados. Daí o motivo da dificuldade em se largar os vícios.
Os vícios também trazem o suicídio de forma "indireta". Temos que zelar pelo corpo físico que nos foi concedido por Deus para evoluirmos, e temos que aproveitá-lo ao máximo. Restará nos lamentarmos no mundo espiritual a oportunidade perdida e esperar por uma nova oportunidade de reencarnação.
L.E.645 - Quando o homem está, de algum modo, mergulhado na atmosfera do vício, o mal não se torna um arrebatamento quase irresistível?
– Arrebatamento, sim; irresistível, não, porque, em meio à atmosfera do vício, encontrais, algumas vezes, grandes virtudes. São Espíritos que tiveram força de resistir e, ao mesmo tempo, a missão de exercer uma boa influência sobre seus semelhantes.
L.E. 644 - O meio onde alguns homens vivem não é para eles a causa primeira de muitos vícios e crimes?
– Sim, mas isso ainda é uma prova escolhida pelo Espírito no estado de liberdade. Ele quis se expor à tentação para ter o mérito da resistência.
L.E. 865 - Como explicar a sorte que favorece certas pessoas nas circunstâncias em que nem a vontade nem a inteligência interferem? O jogo, por exemplo?
– Alguns Espíritos escolheram antecipadamente certas espécies de prazer; a sorte que os favorece é uma tentação. Quem ganha como homem perde como Espírito; é uma prova para seu orgulho e sua cobiça.
Qual o nosso Objetivo?
Indiscutivelmente, todos nós colhemos, no sofrimento, os frutos amargos dos vícios, cedo ou tarde. Aí, na maioria, as criaturas despertam e começam a luta pela sua própria libertação. Não precisamos, porém, chegar às últimas conseqüências dos vícios para iniciar o trabalho de auto-descondicionamento. Podemos ganhar um tempo precioso e deliberadamente propormo-nos o esforço de extirpá-los de nós mesmos. É uma questão de ponderar com inteligência e colocar a imaginação a serviço da construção de nós mesmos.
Esse é o nosso objetivo: compreender razoavelmente as características dos vícios e buscar os meios para eliminá-los.
Perguntamos: O que você acha que é fundamental em qualquer processo de conquista individual?
É o querer?
É a vontade posta em prática?
É a ação concretizando o ideal?
E por quê? Temos razões para isso? O que nos motiva a iniciar este combate? Será apenas para sermos bonzinhos? Ou teremos razões mais profundas? É claro que sabemos as respostas. O que ainda nos impede de assumirmos novas posições é o apego às coisas materiais, aos interesses pessoais, que visam a satisfazer os nossos sentidos físicos, digamos periféricos, ainda grosseiros e animais, indicativos de imperfeições. É uma questão de opção pessoal, livre e disposta a mudanças. A vontade própria poderá ser desenvolvida, até com pouco esforço; não será esse o problema para a nossa escolha. A questão é decidir e comprometer-se consigo mesmo a ir em frente.
Comecemos, então, por eliminar os vícios mais comuns, (vícios da droga, do fumo, da bebida, do jogo, da gula, dos abusos sexuais, da fala, do egoísmo, etc) e de conhecimento amplo e de uso social.
Estes, sem duvida, são verdadeiros entraves à nossa evolução. Todos temos de certa forma, mas com certeza, poderemos aos poucos evitar e aprender a desvencilhar dessas mazelas que tanto mal fazem ao nosso espírito.
Quanto ao EGOÍSMO, esse sim é um dos piores vícios porque se fizermos uma avaliação entre todos os vícios, verá que em todos impera o egoísmo. Dele vem todo o mal. O egoísmo enquanto você não atacar a causa, não conseguirá acabar com ele. É um conselho da espiritualidade de que quem quiser se aproximar da perfeição moral deve primeiro arrancar do seu coração todo o egoísmo, porque ele é contrário à justiça, ao amor e a caridade. Neutraliza a tudo.
Coloquemo-nos em posição de renunciar aos enganosos prazeres que os mesmos possam estar nos oferecendo e lutemos! Lutemos com todo o nosso empenho e não voltemos atrás!
Bibliografia
- Livro dos Espíritos
- www.novavoz.com.br - Grupo Espírita Bezerra de Menezes
- Ney Prieto Peres
-www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/drogas/sobre-os vicios.html
14.09.2006/ecs
14 – VELHAS RECORDAÇÕES – VELHAS DOENÇAS
“...Escutai, pois, essa resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos; perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, pródigos mesmo de vosso amor...” (Cap. X, item 14)
Trazemos múltiplos clichês mentais arquivados no inconsciente profundo de nós mesmos: alguns são velhas recordações danosas, herdadas nas mais variadas épocas, seja na atualidade, seja em outras existências no passado distante.
Essas fontes emitem, através dos mecanismos psíquicos, energias que não nos deixam sair com facilidade do fluxo desses eventos desagradáveis, registrados pelas retinas da própria alma, mantendo-nos retidos em antigas magoas e feridas morais entre os fardos da culpa e da vergonha.
Por não recordarmos que o perdão a nós mesmos e aos outros é um poderoso instrumento de cura para todos os males, e que não deixamos o passado fluir, não desenvolvendo renovação, mas sim, enfermidades e abatimentos.
Tentamos viver alienados dos nossos ressentimentos e velhas amarguras, distraindo-nos com jogos e diversões ou mesmo buscando alívio no trabalho ininterrupto, mas apenas estamos adiando a solução futura da dor, porque essas medidas são temporárias.
É mais fácil dizer que se tem uma úlcera gástrica do que admitir um descontentamento conjugal; é mais fácil também consentir-se portador de uma freqüente cólica intestinal do que aceitar-se como indivíduo colérico e inflexível.
Muitas moléstias, antes consideradas como orgânicas, estão agora sendo reconhecidas como "psicossomáticas" porque se encontraram fatores psicológicos expressivos em sua origem.
As insanidades físicas são quase sempre traduzidas como somatizações das recordações doentias de ódio e vingança que, mantidas a longo prazo, resultam em doenças crônicas.
Desta forma, compreenderás que a gravidade e duração dos teus sintomas de prostração e abatimento orgânico são diretamente proporcionais à persistência em manteres abertas tuas velhas chagas do passado.
As predisposições físicas das pessoas às enfermidades nada mais são do que as tendências morais da alma, que podem modificar as qualidades do sangue, dando-lhe maior ou menor atividade, provocar secreções ácidas ou hormonais mais ou menos abundantes, ou mesmo perturbar as multiplicações celulares, comprometendo a saúde como um todo.
Portanto, as causas das doenças somos nós sobre nós mes¬mos, e para que tenhamos equilíbrio psicológico é preciso cuidar de nossas atitudes íntimas, conservando a harmonia na alma.
Indulgência se define como sendo a facilidade que se tem para perdoar. Muitos de nós ficamos constantemente tentando provar que sempre estivemos certos e que tínhamos toda a razão; outros ficam repisando erros e as faltas alheias. Mas, se quisermos saúde e paz, libertemo-nos desses fardos pesados que nos impedem de voar mais alto para as possibilidades do perdão incondicional.
Perdoar não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente. Por não estarmos, momentaneamente, em completo contato com a intimidade de nossa criação divina, é que todos nós temos, em várias ocasiões, gestos de irreflexão e ações inadequadas.
Das velhas doenças nos libertaremos, quando as velhas recordações do "não-perdão" pararem de comandar o leme de nossas vidas.
Bibliografia.:
(Do livro Renovando Atitudes, espírito Hammed, Francisco do Espírito Santo Neto)
15.03.2006/ecs
Precisamos nos despojar dos sentimentos de ira, cólera, ódio, etc; isto é: eles devem ser arrancados, lançados fora. São vestimentas podres, roupas imundas que estão cobrindo o brilho da nossa alma, do nosso espírito. Uma nova roupagem, alva, branca, santa, precisa estar em nossas vidas. São roupas que o Evangelho chama de: compaixão, benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, perdão, amor.
Cristo-Reforma é força de modificação no coração da criatura; são linhas de entendimento de Deus para os homens, que se fortale¬cem pelo exercício do amor, que avança na sua pureza, peculiar aos anjos.
Paulo, falando aos Colossenses, acentua com propriedade que eles deveriam despojar-se do homem velho, cedendo lugar ao novo homem, cheio de glória, por ser uma alma manifestada no mundo pela força de Cristo, a dominar a sua própria vida.
Quem conhece Jesus, certamente que se esquece da ira, pois ela modifica o empenho natural que temos para o bem; e essa indignação turva a nossa mente, não nos deixando ver mais além de onde promana a esperança e a fé. A indignação corrompe o ambiente de paz que os Céus nos dão, transmutando-se em maldade, e a maldade escravista a criatura que a gera e produz um magnetismo tão inferior, que nos faz perder, por vezes, a consciência; eis que aí, a nossa boca co¬meça a ser instrumento de perdição pela maledicência, e a linguagem obscena domina o nosso falar.
Chega o momento de o Cristo reformar o nosso modo de ser, aproveitando alguns instantes que cedemos ao amor, para falar conosco no silêncio d’alma. E suas palavras se acomodam em nós como ondas divinas, a nos preparar para o grande futuro, como sementes de Deus no solo humano; cada vez que pensamos em coisas elevadas, quando a caridade e o amor brilham em nós, é como que chuva no plan¬tio do Senhor, e a árvore da vida começa a crescer de forma espetacular, mas visível aos nossos sentidos espirituais, a refletir no nosso mundo físico. Ë o Cristo crescendo em nossos corações, e a sua voz vai ficando cada vez mais clara e precisa, naquele comando que todos os discípulos do Seu amor conhecem, cedendo à Sua magnânima vontade.
Não fiquemos alheios a essa verdade; apeguemo-nos ao Cris¬to-Reforma e deixemos que Ele trabalhe dentro do nosso coração, como já fez com inúmeras criaturas, crescendo na lavoura imensa do nosso mundo, em nome de Deus; deixemos que ele invada a nossa consciência, a domar as nossas paixões, se as tivermos, e a semear o trigo da Vida, enriquecendo a nossa vida da vida do Pai Celestial.
Não nos entreguemos às paixões do mundo, nem nos deixe¬mos dominar pelos vícios da terra; cultivemos a oração todos os dias, no silêncio do santuário d’alma, que alguém invisível nos guiará para saudáveis caminhos.
O pedido mais urgente dos benfeitores espirituais que nos co¬manda a todos é o mesmo pedido que o Homem do Damasco fez aos colossenses há quase dois mil anos; meditemos nele, pois esse condicionamento é divino, engenhoso e segura a sua eficácia, ajudando-¬nos a nos libertar da pesada cruz das provações e dos cravos dos infortúnios:
Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isso; ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena no vosso falar.
Bibliografia.
(C: Cristos – Miramez - João Nunes Maia)
28.05.2006/ecs.
Máscaras são os subterfúgios que costumamos usar para esconder nossas debilidades ou aquilo que achamos que pode não agradar. São maneiras de como a nossa personalidade se apresenta meio onde convivemos e nos relacionamos.
O ser humano quando pratica atos que deseja ocultar a sua identidade, como a inveja, usa simbolicamente a “mascara”, o que levou Oscar Wilde a escrever que “o homem quase nada diz, quando fala em seu nome, dêem-lhe uma máscara, e ele dirá a verdade”.
Em suma, a máscara é um instrumento de ocultação da verdadeira identidade, e o invejoso, dentro do simbolismo, a usa constantemente.
Mesmo assim, uma pessoa razoável é capaz de admitir com pudor, ter alojado sentimentos claramente invejosos em determinadas situações da vida, principalmente quando hostiliza e se entristece com o sucesso do outro, lamentando a vitória de um rival.
Basta sentirmos uma alegria singela, um progresso discreto, uma vitória modesta e lá vem o descrédito de nossa capacidade, por julgar injusto ou insuficiente o nosso sucesso e temer que ele desencadeie alguma desgraça pela inveja dos outros.
Precisamos conhecer e trabalhar as nossas máscaras no teatro da vida. Devemos nos analisar como realmente somos
Importante descobrir:
= o que pensamos que somos;
= o que os outros pensam que somos;
= o que os outros querem que sejamos;
= o que realmente somos.
Se quisermos descobrir quem somos de fato, basta que nos observemos no trato com os familiares. Os fatos nos demonstram que assim não é. Mas a quem enganamos, então? - Aos familiares ou aos outros? - Ou será que enganamos a nós mesmos?
As máscaras fazem parte de nossa existência, porque todos nós não somos totalmente bons ou totalmente maus e não podemos fugir de nossas lutas internas. Temos que confronta-¬las, porque somente assim é que desbloquearemos nossos conflitos que são as causas que nos mantém prisioneiros frente a vida.
Vendemos uma imagem nem sempre verdadeira. Dissimulamos sentimentos e simulamos um comportamento de acordo com a imagem que queremos passar.
Anulamos qualquer emoção que julgamos ser inconveniente dizendo para nós mesmos: "eu nunca sinto raiva", "nunca guardo mágoa de ninguém", vestindo assim uma aparência de falsa humildade e compreensão.
Fugimos constantemente de nossos sentimentos interiores por não confiarmos em nosso poder pessoal de transformação e, dessa forma, forjamos um "disfarce" para sermos apresentados perante os outros.
Nossos problemas íntimos, se resolvidos com maturidade, responsabilidade e aceitação são ferramentas facilitadoras para construirmos alicerces mais vigorosos e adquirirmos um maior nível de lucidez e crescimento.
Por que “Máscaras da Inveja” ou “as Mil e uma faces da inveja”
Por considerarmos a Inveja um comportamento que tem relação com o ato de fingir, simular, falsear, embuste, intrujice, etc. O seu portador não se declara abertamente, e vive se ocultando, daí o chamar “máscaras da inveja”, e “mil e uma faces da inveja” pelas inúmeras modalidades pela qual o comportamento se transveste.
A inveja é constantemente usada pelo homem, pois que faz parte de um dos seus mecanismos de defesa, porém, pelas suas conotações malévolas, determina que o seu portador a mascare.
As “máscaras da inveja” diferem das “máscaras sociais”, porque no decorrer de nossas vidas assumimos, progressivamente, papéis sociais, ou em outras palavras, são os vários personagens que adquirimos no convívio social, como filhos, irmãos, estudantes profissionais, pais, avós, patrões, empregados etc.
Certamente, nossas “máscaras sociais” são úteis e irremediáveis, e fazem parte do nosso dia a dia social.
A Inveja se integra entre os vícios, ou pecados capitais, juntamente com a soberba, a avareza, a luxúria, a ira, a gula e a preguiça.
As “máscaras da inveja” assumem, sob forma de acobertamento, os invejosos para não permitir que pessoa objeto da inveja perceba o invejoso que tem o dom de camuflar.
Quando poderemos ser autênticos, transparentes, verdadeiros e "desmascarados"?
Quando nos aceitarmos, quando nos enxergarmos como somos, no estágio em que estamos. Aceitar nossa porção amarga é o primeiro passo para a transformação, e nunca fugirmos para novo local, emprego ou novos afetos, porque isso não nos curará do sabor indesejável, mas somente nos transportará a um novo quadro exterior.
- Quando admitirmos a idéia de que ainda somos imperfeitos.
- Quando exigirmos de nós mesmos a supremacia que não temos.
- Quando nos vermos como criaturas amadas, cujo compromisso é de viver autenticamente nossas experiências e voltarmos para casa mais maduros, enriquecidos, crescidos.
Por não admitirmos que evoluir é experimentar choques existenciais e promover um constante estado de transformação interior e que, às vezes, deixamos que os outros decidam quem realmente nós somos, colocando-nos, então, num estado de enorme impotência perante nossas vidas.
Portanto, não nos façamos de superiores, aparentando comportamentos de "perfeição apressada": isso não nos fará bem psiquicamente e nem ao menos nos dará chance de fazermos auto-burilamento.
Deixemos de falsas aparências e analisemos nossas emoções e sentimentos, burilando-os e canalizando nossas energias, fazendo delas uma catarse dos fluxos negativos e transmutando-as a fim de integrá-las adequadamente.
Somente pessoas providas dessa atitude estarão aptas a serem árvores produtoras de frutos realmente bons.
Ao retornarmos à pátria verdadeira, que é o mundo dos Espíritos, não poderemos mais esconder nossos pensamentos como fazemos no plano físico. Nada do que hoje privilegiamos nos será cobrado, mas muito do que negligenciamos prestaremos contas.
Bibliografia.
- Equipe de Redação do Momento Espírita. www.momento.org.br
- livro Renovando Atitudes, espírito Hammed, Francisco do Espírito Santo Neto (Resumo).
27.05.2006/ecs
NOSSA BAGAGEM!!!!!!
Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão...
À medida que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, coisas que você pensa que são importantes...
A um determinado ponto do caminho, começa a ficar insuportável carregar tantas coisas; pesa demais...
Então, você pode escolher:
Ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem...
Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem, ou pode aliviar o peso, esvaziar a mala.
Mas, o que tirar?
Você começa tirando tudo para fora...
Veja o que tem dentro:
Amor, amizade... Nossa!
Tem algo pesado... Você faz força para tirar...
Era a raiva - como ela pesa!
Aí, você começa a tirar, tirar e aparecem a incompreensão, o medo, o pessimismo...
Nesse momento, o desânimo quase te puxa pra dentro da mala.
Mas você puxa-o para fora com toda a força e, no fundo, aparece um sorriso, sufocado no fundo da bagagem...
Pula para fora outro sorriso e mais outro. E aí, sai a felicidade...
Então, você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza...
Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante...
Procure então o resto: força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância e o bom e velho humor.
Tire a preocupação também.
Deixe-a de lado. Depois, você pensa o que fazer com ela...
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo.
Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, hein?
Agora, é com você!
E não se esqueça de fazer isso mais vezes.
Pois o caminho é muito longo...
L.E. P.-933 Se muitas vezes o homem é o causador de seus sofrimentos materiais, também será dos morais?
– Mais ainda, porque os sofrimentos materiais são algumas vezes independentes da vontade; mas o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, enfim, são torturas da alma.
A inveja e o ciúme! Felizes aqueles que não conhecem esses dois vermes roedores! Com a inveja e o ciúme não há calma nem repouso possível para aquele que está atacado desses males: os objetos de sua cobiça, seu ódio, seu despeito se dirigem a ele como fantasmas que não lhes dão nenhuma trégua e o perseguem até durante o sono. O invejoso e o ciumento vivem num estado de febre contínua. Será essa uma situação desejável, e não compreendeis que com suas paixões o homem criou para si suplícios voluntários, e que a Terra torna-se para ele um verdadeiro inferno?
☼ Várias expressões refletem energicamente os efeitos de certas paixões; diz-se: estar inchado de orgulho, morrer de inveja, secar de ciúme ou de despeito, por ciúmes perder o apetite, etc.; esse quadro não deixa de ser verdadeiro. Algumas vezes o próprio ciúme não tem objetivo determinado. Existem pessoas naturalmente ciumentas de tudo que se eleva e sai do comum, mesmo que não tenham nenhum interesse direto nisso, mas unicamente porque não o podem atingir. Tudo o que parece estar acima do horizonte as ofusca, e se estivessem em maioria na sociedade desejariam reconduzir tudo a seu nível. É o ciúme aliado à mediocridade.
O homem é, muitas vezes, infeliz apenas pela importância que dá às coisas deste mundo; é a vaidade, a ambição e a cobiça frustradas que fazem sua infelicidade. Se ele se coloca acima do círculo estreito da vida material, se eleva seus pensamentos ao infinito, que é a sua destinação, as contingências da humanidade lhe parecem, então, mesquinhas e fúteis, como as tristezas de uma criança que se aflige com a perda de um brinquedo que representava sua felicidade suprema.
Aquele que vê felicidade apenas na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros fica infeliz quando não pode satisfazê-los; no entanto, aquele que não se interessa pelo supérfluo fica feliz com o que tem e que os outros considerariam uma grande desgraça, uma insignificância.
Falamos do homem civilizado porque o selvagem, por ter necessidades mais limitadas, não tem os mesmos motivos de cobiça e de angústias: sua maneira de ver as coisas é completamente diferente. Civilizado, o homem raciocina sobre sua infelicidade e a analisa; é por isso que se sente mais afetado por ela; mas também pode raciocinar e analisar os meios de consolação. Essa consolação está no sentimento cristão, que dá a esperança de um futuro melhor, e no Espiritismo, que dá a certeza desse futuro.
- As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
- Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
- Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem
em relação ao seu comportamento;
- Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas
próprias idéias;
- Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de
consciência fechado ao diálogo construtivo;
- Menospreza as idéias do próximo;
- Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação
presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
- Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estu-
dados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio
pessoal;
- Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar
em torno de si;
- Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um
traço de fraqueza e falta de personalidade;
- Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de
contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de “status”.
E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nos¬sa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que “a traça não come nem a ferrugem corrói!”.
Quais as conseqüências do orgulho?
- Transtornos na vida social, rivalidade das classes e dos povos, intrigas, ódios, guerras, etc. É imperfeição que bloqueia o progresso do espírito e o leva a assumir débitos, cujo resgate é doloroso e transcende a encarnação presente.
- O orgulho tem coberto de sangue e ruínas este mundo, e é ainda ele que origina os nossos padecimentos de além-túmulo.
Por que existe o orgulho?
- Ele existe em decorrência da ignorância dos reais valores da vida, que leva o homem a pensar egoisticamente na sua realização pessoal e a tratar com desprezo os seus semelhantes.
- De todos os males, o orgulho é o mais terrível, pois deixa em sua passagem o germe de quase todos os vícios.
- A inteligência, desprovida de suporte moral do Evangelho, gera sentimento presunçoso de superioridade, levando, conseqüentemente, à insubmissão a Deus.
Como combater o orgulho?
- Estudando com humildade o Evangelho de Jesus e procurando vivenciar os ensinamentos nele contidos.
- A humildade é o antídoto do orgulho.
Quais os vícios causados pelo orgulho?
- Paixão pelos bens materiais, inveja, ciúme, egoísmo, etc.
- Quando os vícios do orgulho se instalam no coração do homem, a vida torna-se um constante tormento.
O que acontece quando o orgulho chega ao extremo?
Tem-se o indício de uma queda próxima.
Quanto maior é a subida de um orgulhoso mais terrível é a sua queda.
Conclusão:
O orgulho é a ignorância dos reais valores da vida, consituindo-se em veneno que anula as ações nobres dos que buscam o progresso espiritual. A ninguém é impedido corrigir-se dos vícios oriundos do orgulho. O Evangelho é o roteiro de luz em forma de bênçãos a todas as criaturas de boa vontade. Aos recalcitrantes, o tempo e a dor servirão de remédio.
Bibliografia
- Livro dos Espíritos.
- Evangelho Segundo o Espiritismo
- Conclusão/perguntas e respostas.: www.cvdee.org.br - 15.03.2006/ecs
Resp. – Já dissemos várias vezes: é o egoísmo; dele deriva todo mal. Estudai todos os vícios e vereis que no fundo de todos existe egoísmo. Vós os combatereis inutilmente e não conseguireis arrancá-los enquanto não tiverdes atacado o mal pela raiz, enquanto não tiverdes destruído a causa. Que todos os vossos esforços tendam para esse objetivo, porque aí está a verdadeira chaga da sociedade. Aquele que deseja se aproximar, já nesta vida, da perfeição moral, deve arrancar de seu coração todo sentimento de egoísmo, por ser incompatível com a justiça, o amor e a caridade: ele neutraliza todas as outras qualidades.
O egoísmo é um dos piores vícios porque se fizermos uma avaliação entre todos os vícios, veremos que em todos impera o egoísmo. Dele vem todo o mal. Enquanto você não atacarmos a causa, não conseguiremos acabar com o egoísmo. É um conselho da espiritualidade de que quem quiser se aproximar da perfeição moral deve primeiro arrancar do seu coração todo o egoísmo, porque ele é contrário à justiça, ao amor e a caridade. Neutraliza a tudo.
O egoísmo é considerado um dos nossos males maiores, mas ele é coisa da nossa inferioridade e não algo da própria humanidade. Na medida em que vamos evoluindo, vamos aos poucos perdendo o egoísmo e outras coisas más.
Mas como poderemos destruir o egoísmo? De todas as imperfeições humanas, a mais difícil é acabar com o egoísmo porque ele se liga diretamente à influencia da matéria, de coisas materiais etc. Como ainda estamos muito perto de nossa origem, ou seja, no inicio da caminhada, fica mais difícil de nos libertarmos. Tudo aqui na Terra colabora com isso. As leis, a organização social, a educação. Quando a vida moral prevalecer sobre a vida material, o egoísmo vai enfraquecer porque o espírito vai compreender o futuro real e não as coisas que são só criações alegóricas da Terra. É preciso mudar hábitos, crenças entre outras coisas.
Quando estamos em contato com um egoísta e sentimos isso na pele, a nossa tendência é também de nos colocarmos na defensiva e acabamos sendo também egoísta perceberam? Vendo que cada um cuida de si próprio (devido ao egoísmo), tende também cada um de nós a cuidar de si mesmo mais do que os outros e isso acaba nos levando ao egoísmo.
O egoísmo como podemos perceber, se desdobra fácil, mas quando tivermos o principio da caridade e da fraternidade nas instituições sociais, nas relações legais de povo para povo, de homem para homem, poderemos ter a virtude de abdicarmos de sua personalidade em proveito dos outros e este é o caminho.
Encerrando, façamos uma análise.: Saibamos que o verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e de caridade na sua mais completa pureza. Se você interroga a sua consciência sobre os atos praticados, perguntando se não violou nenhuma das leis de Deus, se não cometeu nenhum mal, se fez o bem que podia, se ninguém tem queixa de você, enfim, se fez para os outros tudo o que queria que os outros lhe fizesse, então você é um homem de bem. Praticou tudo sem visar interesses futuros etc...Só pode estar no caminho correto.
Receita Contra o Egoísmo
1- Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.
2- Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra.
3- Olvide a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo
e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.
4- Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que
hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os
serviços de elevação pertencem, em seus alicerces, a Jesus, nosso Mestre e
Senhor.
5- Não cultive referências à sua própria pessoa, para que a vaidade não
faça ninho em seu coração.
6- Escute com serenidade e silêncio as observações ásperas ou amargas
dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, os
companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da
perturbação.
7- Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas,
vacinando seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental.
8- Abandone toda a espécie de crítica, compreendendo que você poderia
estar no banco da reprovação.
9- Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferente
dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para
viverem na terra com o necessário equilíbrio.
10- Honre a caridade em sua própria casa, ajudando em primeiro lugar a
seus familiares, através do rigoroso desempenho de suas obrigações, para
que você esteja realmente habilitado a servir ao mundo e a humanidade,
hoje e sempre...
(André Luiz)
Bibliografia.:
- Livro dos Espíritos;
- Estudo elaborado por PEDRO OZÓRIO
FONTE: O Livro dos Espíritos – pág. 356 a 365 – 20.02.2002
- www. minuto.poético.nom.br/espiri120.htm
13.03.2006/ecs
Perg. - L.E. 926 - A civilização, ao criar novas necessidades, não é a fonte de novas aflições?
Resp.– Os males desse mundo ocorrem em razão das necessidades falsas que criais. Aquele que sabe limitar seus desejos e vê sem inveja o que está acima de si poupa-se das decepções nessa vida. O mais rico dos homens é aquele que tem menos necessidades.
Invejais os prazeres daqueles que parecem os mais felizes do mundo; mas sabeis o que lhes está reservado? Se desfrutam desses prazeres somente para si, são egoístas, então virá o reverso. De preferência, lastimai-os. Deus permite algumas vezes que o mau prospere, mas essa felicidade não é para ser invejada, porque a pagará com lágrimas amargas. Se o justo é infeliz, é uma prova que lhe será levada em conta, se a suporta com coragem; lembrai-vos dessas palavras de Jesus: “Felizes os que sofrem, pois serão consolados”.
Vivemos num planeta de imensas dificuldades e por isso, às vezes, nosso egoísmo é mais forte que nossa razão.
Tenhamos, pois, cuidado com alguns sentimentos que podem nos trazer dissabores. A inveja é um deles. Esse sentimento é definido nos dicionários como: “desgosto, mortificação, pesar causado pela propriedade ou êxito de outrem, acompanhado do desejo violento de possuir os mesmos bens”.
Temos muitas dificuldades em aceitar que em nossos corações ainda existem sentimentos tão pequenos e mesquinhos como o da inveja, mas temos que convir que no estágio evolutivo em que vivemos se não nos auto policiarmos, estaremos sempre querendo apagar as luzes de nossos semelhantes. Esforcemo-nos para banir a inveja de nossos corações, pois a inveja é um sentimento antagônico ao amor. Nunca nos esqueçamos de que: quem tem luz própria não precisa apagar a luz de ninguém.
Sentimos inveja das pessoas que nos substituem melhor do que nós mesmos o fazemos. Inveja dos que trabalham menos do que nós e, no entanto recebem mais. Inveja dos que exercem uma função melhor do que a nossa. Inveja do carro que gostaríamos de ter e não temos. Enfim, infelizmente ainda invejamos muito uns aos outros. Podemos dizer que a inveja é filha do orgulho. E o orgulho é o nosso maior inimigo, e pior, disfarçado de amigo. Por isto, às vezes, não é fácil identificá-lo. É, pois, a inveja, geradora de calúnias, desarmonias, deslealdade e ambição. Administra ódios, estimula guerras. É inimiga de todo aquele que lhe faz o bem.
O invejoso, ao pedir um favor, cerca-se de atenções, mas atendido, afasta-se logo e alega que apenas lhe pagaram pelo muito que deviam. O poeta português Luiz Vaz de Camões já dizia que: “Onde há inveja não pode haver amizade”.
Cuidemos do nosso viver e deixemos a vida do próximo em paz. Só Deus sabe como é ela em sua intimidade.
Lutemos para a harmonização de nossos sentimentos, procurando nos sentir felizes com a alegria do nosso próximo, aceitando a superioridade do nosso semelhante e sempre que possível, incentivando-o ao crescimento constante.
Fugir da inveja não significa não senti-la. Reconhecer sua força a atuar por dentro, do ainda desconhecido mundo íntimo, é sinal de maturidade.
Procuremos em Cristo encontrar recursos elevados e força moral necessária para vencer a inveja, pois no dizer de André Luiz: “O grande guerreiro será sempre o que vencer a si mesmo”.
B - CIUMES
O ciúme é a inquietação mental causada por suspeita ou receio de rivalidade nos relacionamentos humanos. É uma distorção, um exagero, um desequilíbrio do sentimento de zelo.
Adentrando na intimidade deste sentimento, vamos descobrir que ele é "medo", medo de algum dia ser dispensável à pessoa com a qual se relaciona; é o medo de ser abandonado, rejeitado ou menosprezado; medo de não mais ser importante; medo de não ser mais amado, enfim, é, de certa forma, medo da solidão.
O ciúme nasce quando sentimos que um relacionamento que valorizamos está sendo ameaçado por um adversário real ou imaginário. Ele é um sentimento universal, que começamos a sentir quando somos bebês e percebemos que nossas mães têm outros interesses além de nós. Antes de tudo, não procure negar o sentimento. Ao reprimi-lo, você faz com que ele volte com muito mais força.
Suas causas interiores, segundo Joanna de Ângelis, Espírito, são encontradas principalmente na insegurança psicológica, na baixa autoestima, no orgulho avassalador que não suporta rivalidades, e no egoísmo, que ainda nos faz ver aqueles que estão à nossa volta como posses.
O ser inseguro transfere para o outro a causa desta insegurança, dizendo-se vítima, quando apenas é escravo de idéias absurdas, fantasias, ilusões, criadas em sua mente, que ateia "incêndios em ocorrências imaginárias".
Além disso, não podemos esquecer que sua existência é sempre uma porta aberta para a obsessão, uma oportunidade de sermos influenciados por aqueles que desejam nosso mal.
O ciúme é um sinal de alerta mostrando que algo não vai bem, que algo precisa ser reparado, repensado. Sua erradicação de nossos viveres somente será realizada com a análise íntima constante, com o vigiar dos pensamentos, dos atos, lembrando sempre que "ninguém é de ninguém", que não possuímos as pessoas, e que o verdadeiro amor LIBERTA e CONFIA.
O ciúme "insegurança" precisa ser substituído pela CONFIANÇA "certeza", que é sim uma real prova de amor.
Bibliografia
- Livro dos Espíritos
- www.espirito.org.br/portal/publicacoes/sandalo/sandalo-75.html
- Andrey Cechelero/ www.espirito.org.br/portal/artigos/mundo-espirita/ciúme.html-
15.03.2006/ecs
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.).
A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:
a. Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falai demasiado);
b. Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
c. Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
d. Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
e. Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
f. Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
g. Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, refletem, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, “badalado”. No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranqüila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo em que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar¬-se amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.
Bibliografia
Manual Prático do Espírita – Ney Prieto Peres
15.03.2006/ecs
E.S.E – Cap. XVI - Preservar-se da avareza.
3. Então, no meio da turba, um homem lhe disse: Mestre, dize a meu irmão que divida comigo a herança que nos tocou. - Jesus lhe disse: Ó homem! Quem me designou para vos julgar, ou para fazer as vossas partilhas? - E acrescentou: Tende o cuidado de preservar-vos de toda a avareza, seja qual for a abundância em que o homem se encontre, sua vida não depende dos bens que ele possua.
Disse-lhes a seguir esta parábola: Havia um rico homem cujas terras tinham produzido extraordinariamente - e que se entretinha a pensar consigo mesmo, assim: Que hei de fazer, pois já não tenho lugar onde possa encerrar tudo o que vou colher? -Aqui está, disse, o que farei: Demolirei os meus celeiros e construirei outros maiores, onde porei toda a minha colheita e todos os meus bens. - E direi a minha alma: Minha alma tem de reserva muitos bens para longos anos; repousa, come, bebe, goza. Mas, Deus, ao mesmo tempo, disse ao homem: Que insensato és! Esta noite mesmo tomar-te-ão a alma; para que servirá o que acumulaste?
É o que acontece àquele que acumula tesouros para si próprio e que não é rico diante de Deus. (S. LUCAS, cap. XII, vv. 13 a 21.).
A função do Evangelho de Jesus e da Doutrina Espírita é preparar-nos para que saibamos viver com dignidade em quaisquer circunstâncias. Na riqueza ou na pobreza o homem encontrará sempre, nos ensinamentos de Jesus, os meios de viver, lutar e vencer com hombridade.
Jesus não colocou a miséria como condição indispensável à vida humana para adentrar ao Reino dos Céus; assim como não colocou a fortuna como condição essencial para que o homem seja feliz na Terra. Seria a posse do necessário (alimentação, habitação, saúde e educação) e sob o ponto de vista moral seria a consciência tranqüila e a fé no futuro.
Os ensinamentos de Jesus foram todos no sentido de preparar a humanidade para viver dignamente quer na pobreza, quer na riqueza. E é exatamente isso que ainda não conseguimos entender, apesar de já termos passado por várias experiências reencarnatórias, dada a nossa fragilidade, falta de amadurecimento espiritual e dureza de coração.
Não sabemos nos comportar devidamente diante das situações que se nos apresentam. Enquanto ricos permitimos que o egoísmo, acompanhado do orgulho, tome conta de nós. Enquanto pobres, permitimos que a inconformação, a rebeldia e a revolta se apossem de nós. Isto não significa que devamos cruzar os braços e nada fazer para sair desta situação.
Não podemos nos esquecer que muitos espíritos que renascem com o mínimo para viver, trabalhando duro para sustentar a família, são muitas vezes os ricos egoístas de ontem, que não fizeram que as suas fortunas redundassem em fontes de bem, de conforto, de saúde, de educação para aqueles que deles dependiam na Terra.
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O LIVRO DOS ESPIRITOS
Perg. 814 - Por que Deus deu a uns riquezas e poder e a outros a miséria?
Resp. Para experimentar cada um de maneiras diferentes. Aliás, vós já o sabeis, essas provas foram os próprios Espíritos que escolheram e, muitas vezes, nelas fracassam.
Perg. 815 - Qual das duas provas é a mais terrível para o homem, a miséria ou a riqueza?
Resp. Tanto uma como outra; a miséria provoca a lamentação contra a Providência; a riqueza estimula todos os excessos.
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Quando se fala em riqueza, pensa-se logo em coisas materiais. Há ricos de todas as condições.
- Há os ricos que têm o conhecimento. São os ricos de cultura e podem transmiti-la aos analfabetos, aos sem instrução.
- Há os ricos de idéias. São os portadores de cérebros que parecem um radar, captam tudo e podem ajudar renovando idéias através de novos métodos de ensino aliados ao amor.
- Há os ricos de saúde. E são muitos, que têm corpos saudáveis e que podem utilizar o pensamento, a palavra, olhos, ouvidos, mãos e pés na ajuda aos necessitados.
Analisemos, busquemos os valores que possuímos e procuremos agir beneficiando sempre o próximo.
Através das vidas sucessivas, num contínuo vai e vêm, os espíritos se revezam experimentando riqueza e pobreza para aprender a ser bons ricos e bons pobres. A riqueza e a pobreza são condições circunstanciais, efêmeras (passageiras, transitórias).
Para sermos felizes, não precisamos construir celeiros imensos, como o rico da parábola. Precisamos sim, desenvolver a legítima fraternidade, ver o outro como irmão, nos importar com o outro.
"Vede as aves no céu!" Elas não ajuntam em celeiros só para os seus, muito pelo contrário, espalham as sementes aqui, ali, acolá, por isso são ricas, felizes e vivem em paz.
Bibliografia
- Evangelho Segundo o Espiritismo
- O Livro dos Espíritos
- www.irc-espiritismo.org.br – A Avareza (Resumo)
06.03.2006/ecs
ESSE-12-10 -Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai, sobretudo a peito amar os que vos inspiram indiferença, ódio, ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-vos o exemplo desse devotamento, Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor, Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. Se bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei essa tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele. - Fénelon, (Bordéus, 1861.)
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Se todos pudessem constatar ou, pelo menos, imaginar o que vem da projeção do ódio, ou supor o que emana do sentimento de raiva, lutariam com todas as forças para que desvanecesse de seu íntimo qualquer sentimento contrário ao amor.
O homem mobiliza forças que desconhece e que são capazes de matar, como de paralisar seu desenvolvimento. No ódio, os pensamentos são profundamente obsessivos e o homem não dá espaço para que outros mais suaves fluam em sua mente. A mente fica tão embotada na obsessão por esse sentimento que não consegue argumentar consigo mesma em busca de uma saída para esse processo doloroso.
O ódio algema o algoz à vítima, mesmo que, em muitos casos, não exista propriamente uma vítima porque, se a lei da natureza é justa e sábia, não erraria a porta em que permite bater a violência, seja ela em que aspecto for. Nunca podemos esquecer que não estamos começando uma jornada, mas, sim, empreendendo a longa caminhada, que já estamos com muitos passos dados, quando não com um longo caminho percorrido.
Se os homens fossem conscientes do processo evolutivo a que estão destinados, muitas amarras se soltariam e caminhariam mais celeremente em direção ao Ideal Maior. Daí concluímos o quanto é difícil desprender-se. As múltiplas experiências vividas pelo indivíduo são necessidades de aprendizado que todos devemos ter. Observemos Jesus, quando passou na Terra: se fosse sentir como nós, ainda imperfeitos, quanto ódio não nutriria, quanta vingança não desencadearia! Muitas mentes ainda presas nesses sentimentos inferiores, em algum momento questionam no seu íntimo, por que Jesus, que tinha todo poder ou toda força, não saiu “vitorioso” daquelas situações ou, pelo menos, com algumas lições dadas em seus ofensores. A maior de todas as lições, deixadas por Ele, foi dada: a lição do perdão e do amor incondicional.
Os ofensores não terão consciência se não lhes for ensinado que precisam mudar, conforme o Cristo nos ensina: aqui estamos sempre mostrando a importância do despertar, e para alguém que desperta em direção de uma nova realidade espiritual com a qual estamos preocupados e empenhados, todas as experiências acumuladas no decorrer da existência são importantes e servem de alavanca para que o desenvolvimento seja mais efetivo. Já passaram pela Terra grandes seres que, naquele momento, estiveram como os mais terríveis dos algozes, e essa foi sua grande redenção, a de exemplificar e motivar os outros a fazerem o que Jesus ensinara e fazia.
Não se deixe impressionar com o pouco que faz, com o objetivo de limpar esses sentimentos indesejáveis do seu coração, mas empreenda todos os esforços para amar, pois este é o antídoto para todos os venenos gerados pelo desequilíbrio. Nunca acredite que a atitude do outro é que desequilibra você; o que o desequilibra verdadeiramente é a sua pouca força pra lutar contra os sentimentos inferiores que pularam em sua mente, diariamente. Abomine o ódio no seu nascedouro, retirando da ordem de seus sentimentos qualquer sentimento semelhante à raiva, à desaprovação, ao julgamento. Viva de forma a exemplificar o Evangelho de Jesus, e os que convivem com você aprenderão o que você gostaria que eles fizessem por todos.
Devemos sempre ser exemplos e não nos apresentarmos como vítimas, com queixumes; temos forças e somos portadores de grande sabedoria e por ela precisamos viver, pois é ela que nos dará o equilíbrio necessário para transformar em fulgor toda sorte de mazelas que possamos trazer no bojo do nosso conhecimento. No ódio, estagnamos no lodo da dor e de desespero; no amor, nos projetamos para o infinito progresso ao encontro da luz.
Bibliografia.:
- Livro – A força do Pensamento – Espírito de Miramez, psicografia de Sissi Antunes.
19.03.2006/ecs.
Construindo Pontes
Certa vez, dois irmãos que moravam em fazendas vizinhas, separadas apenas por um riacho, entraram em conflito. Foi a primeira grande desavença em toda uma vida trabalhando lado a lado, repartindo as ferramentas e cuidando um do outro. Durante anos percorreram uma estreita, porém comprida estrada que corria ao longo do rio para, ao final de cada dia, poderem atravessá-lo e desfrutar um da companhia do outro. Apesar do cansaço, faziam-no com prazer, pois se amavam. Mas agora tudo havia mudado. O que começara com um pequeno mal entendido finalmente explodiu numa troca de palavras ríspidas, seguidas por semanas de total silêncio.
Numa manha, o irmão mais velho ouviu bater a sua porta. Ao abri-la, notou um homem com uma caixa de ferramentas de carpinteiro em sua mão. "Estou procurando por trabalho" - disse ele. "Talvez você tenha um pequeno serviço aqui e ali. Posso ajudá-lo?" "Sim!" - disse o fazendeiro - "Claro que tenho trabalho para você. Veja aquela fazenda alem do riacho. É de meu vizinho, na realidade, meu irmão mais novo. Brigamos muito e não mais posso suportá-lo. Vê aquela pilha de madeira perto do celeiro? Quero que você me construa uma cerca bem alta ao longo do rio para que eu não mais precise vê-lo”. Acho que entendo a situação" - disse o carpinteiro - "Mostre-me onde estão a pá e os pregos que certamente farei um trabalho que lhe deixará satisfeito. Como precisava ir à cidade, o irmão mais velho ajudou o carpinteiro a encontrar o material e partiu.
O homem trabalhou arduamente durante todo aquele dia medindo, cortando e pregando. Já anoitecia quando terminou sua obra, ao mesmo tempo em que o fazendeiro retornava. Porem, seus olhos não podiam acreditar no que viam. Não havia qualquer cerca! Em seu lugar estava uma ponte que ligava um lado do riacho ao outro. Era realmente um belo trabalho, mas, enfurecido, exclamou: "você e muito insolente em construir esta ponte após tudo que lhe contei”.
No entanto, as surpresas não haviam terminado. Ao erguer seus olhos para a ponte mais uma vez, viu seu irmão aproximando-se da outra margem, correndo com seus braços abertos.
Cada um dos irmãos permaneceu imóvel de seu lado do rio, quando, num só impulso, correram um na direção do outro, abraçando-se e chorando no meio da ponte. Emocionados, viram o carpinteiro arrumando suas ferramentas e partindo. "Não, espere!” - disse o mais velho - "Fique conosco mais alguns dias. Tenho muitos outros projetos para você" E o carpinteiro respondeu: "Adoraria ficar. Mas tenho muitas outras pontes para construir”.
Observando mais atentamente, mudou a forma de ser, porém continuamos a praticar "duelos", de formas diferentes. Muitas vezes, arremessamos raios de perturbação e indisciplina, angústia e destruição para todos os ângulos da estrada em que a nossa vida se movimenta.
E, nessa provocação permanente, perante as inteligências desiguais que nos cercam, improvisamos e permutamos males e enfermidades, problemas e obstáculos que, indubitavelmente, se voltam depois contra nós.
Por ora, vamos dirigir nossos raciocínios e sentimentos para o estudo do duelo que acontece de indivíduo para indivíduo.
Na forma mais íntima, duelamos quando em pensamento, enviamos a um desafeto, (amigo, parente, colega de trabalho, vizinho, etc), que não nos compreende, desejos de vingança, endereçamo-los, sem piedade aos que não se afinam com as nossas maneiras, concepções e simpatia.
A pessoa que não suporta uma ofensa é ainda uma alma imatura e muito presa aos instintos materiais. Ela não consegue entrever que é um espírito em passagem pela Terra.
A doutrina espírita nos mostra o caminho através da disciplina do nosso pensamento e com a transformação para melhor de nosso caráter. Mas esta condição depende da nossa vontade, do nosso querer.
Através dos estudos, aumentamos a nossa capacidade de distinguir os nossos pensamentos daqueles que nos são sugeridos, conforme nos instruem os espíritos.
O Homem que já atingiu um certo grau de maturidade moral ou elevação, quando se vê ofendido, mas com o conhecimento e o seu temperamento já trabalhados, domina mais facilmente suas emoções, daí o não revidar nem duelar verbalmente com quem o atingiu negativamente com palavras e atos.
Por que estamos sendo ofendidos?
Porque, propositadamente ou não, provocamos o nosso ofensor com palavras ou atitudes ou situações, que o levam ao desequilíbrio emocional e conseqüentemente a nos agredir.
Devemos ter firmeza de pensamento e postura pacificadora para que, com nosso exemplo, motivemos ás pessoas que nos circundam a terem também posturas pacificadoras. Lembremos Jesus: “Bem –aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus!”.
Se já controlamos a emoção, o próximo passo é não guardarmos rancor ou nos comprazermos com algo ruim que aconteça com o nosso ofensor, e, com a emoção bem trabalhada, dialogarmos com ele. Muitas vezes conquistamos grandes e sinceros amigos, pois quando retornam a lucidez se sentem felizes por terem encontrado alguém que os compreendeu, evitando assim conseqüências dolorosas para ambos.
Para deixarmos de duelar temos que ter coragem de calar. Coragem de falar, de ouvir, coragem de aceitar, coragem de dizer: me perdoe, me desculpe, eu não sei, eu te amo.
Jesus a todo o momento nos perdoa porque, então, negar perdão ao outro? Joana de Angelis diz que maior beneficiado com o perdão é aquele que perdoa, pois dessa forma esta agindo dentro da Lei de Deus, caminhando para o progresso, se melhorando interiormente.
O objetivo da Doutrina Espírita é a nossa melhoria interior. Quando guardamos mágoas e ressentimentos criamos uma atmosfera fluídica pesada ao nosso redor, que com o tempo nos causa doenças, e com o esforço da melhoria interior, iremos demonstrar e transmitir coisas boas e exemplo de transformação.
Sendo assim, façamos um esforço para seguir o que Jesus nos ensinou. Amai aos vossos inimigos.
Bibliografia.:
-Livro: Canais da Vida, Emmanuel, Psicografia: Francisco Cândido Xavier - Resumo.
- Livro – A força do Pensamento – Espírito de Miramez, psicografia de Sissi Antunes.- Resumo
19.03.2006/ecs.
Com efeito, aquele que se entrega a essa fatal e cega paixão quase nunca se vinga a céu aberto. Quando é ele o mais forte, cai qual fera sobre o outro a quem chama seu inimigo, desde que a presença deste último lhe inflame a paixão, a cólera, o ódio. Porém, as mais das vezes assume aparências hipócritas, ocultando nas profundezas do coração os maus sentimentos que o animam. Toma caminhos escusos, segue na sombra o inimigo, que de nada desconfia, e espera o momento azado para sem perigo feri-lo. Esconde-se do outro, espreitando-o de contínuo, prepara-lhe odiosas armadilhas e, em sendo propícia a ocasião, derrama-lhe no copo o veneno, Quando seu ódio não chega a tais extremos, ataca-o então na honra e nas afeições; não recua diante da calúnia, e suas pérfidas insinuações, habilmente espalhadas a todos os ventos, se vão avolumando pelo caminho. Em conseqüência, quando o perseguido se apresenta nos lugares por onde passou o sopro do perseguidor, espanta-se de dar com semblantes frios, em vez de fisionomias amigas e benevolentes que outrora o acolhiam. Fica estupefato quando mãos que se lhe estendiam, agora se recusam a apertar as suas. Enfim, sente-se aniquilado, ao verificar que os seus mais caros amigos e parentes se afastam e o evitam, Ah! o covarde que se vinga assim é cem vezes mais culpado do que o que enfrenta o seu inimigo e o insulta em plena face.
Fora, pois, com esses costumes selvagens! Fora com esses processos de outros tempos! Todo espírita que ainda hoje pretendesse ter o direito de vingar-se seria indigno de figurar por mais tempo na falange que tem como divisa: Sem caridade não há salvação! Mas, não, não posso deter-me a pensar que um membro da grande família espírita ouse jamais, de futuro, ceder ao impulso da vingança, senão para perdoar. - Júlio Olivier. (Paris, 1862.)
E.S.E- Evangelho Segundo o Espiritismo
Vamos falar de um sentimento vivido por muitos de nós, mas admitido por bem poucos. “A Vingança” - Parece mel quando a planejamos, mas se torna fel quando a praticamos.
Costumamos usar como dito popular a frase: "Vingança é um prato que se come frio", aludindo a necessidade de esperar pela "hora certa" para fazer a sua justiça. Podemos dizer que é frio porque assemelha-se à frieza dos sentimentos que a alimentam: o ódio e o orgulho. E podemos também dizer que a covardia se encaixa bem nesse processo.
O que nós achamos que ganhamos ou acumulamos quando nos empenhamos num processo vingativo? Somente ganhos negativos, com certeza.
Exemplo: Sempre que um sentimento de satisfação nos envolve quando vemos nosso próximo sofrendo conseqüências por agir diferentemente da forma como nós havíamos "aconselhado", experimentamos uma forma de vingança. Ficamos "torcendo" pelo fracasso daquele que não nos ouve, envenena-nos muito mais do que ao outro.
Por que a vingança é condenável?
Porque, sendo ela a manifestação de um coração ressentido pelo ódio e que guarda mágoa do semelhante, torna-se contrária à Lei de Deus, que é toda de amor.
Jesus nos aconselhou a perdoar setenta vezes sete vezes; prescreveu, também, que devemos amar o nosso inimigo. A vingança é a negação desses ensinamentos.
Qual a conseqüência da vingança para quem a pratica?
Aquele que se vinga, além de aumentar seus débitos para com a justiça divina, deixa escapara a oportunidade de se regenerar através do perdão ao agressor, com quem terá, inevitavelmente, de se reconciliar um dia.O vingador é alguém que carrega um pesado fardo de dores, do qual só se libertará quando iniciar a prática do perdão.
Portanto, antes de envolvermos em sentimentos como o ódio, o rancor, o desejo de vingança, antes de voltarmos contra esse irmão que nos ofende e agride, procuremos ver nele não um inimigo, mas alguém que está tentando nos ajudar a exercitarmos sentimentos mais nobres.
Procuremos ver nele alguém que está tentando fazer-nos olhar para dentro de nós mesmos e vermos que lá estão as nossas imperfeições, aquelas que o orgulho não permite que as enxerguemos e, com certeza, encontraremos nesse suposto inimigo, um amigo que estará mostrando as suas imperfeições e ajudando-nos a extraí-las de lá de dentro.
Como devemos agir, se o sentimento de vingança for mais forte que o desejo de perdoar?
Devemos empreender todo o nosso esforço por desenvolver os sentimentos de fraternidade e tolerância, buscando no Evangelho e na prece o amparo e a inspiração para nos libertarmos do desejo de vingança.
A nobreza da alma, cuja principal característica é perdoar indistintamente as ofensas, é conquista de grande esforço.
Para o espírita a vingança não é mais somente um movimento exterior, é um movimento que nasce do Espírito e aí deve ser combatida para que não se torne erva daninha a corroê-lo, fazendo-o distoar dos objetivos educativos da vida.
No campo do Espírito a vingança nasce no sentimento de orgulho, ou "honra", ferido. Esse sentimento deve ser atentamente observado para que não gere o sentimento de frustração, depressão e revolta desnecessárias.
Nesse tempo, o trabalho na caridade exerce influência decisiva. Quem trabalha tem campo aberto para transformar em semente diferente o galho podre de que foi alvo, fazendo sua parte na renovação do mundo.
Com a reencarnação, o Espiritismo mostra que a vingança não é somente mais um ato material, mas uma postura de estacionamento espiritual, em que duas entidades se cegam ao mundo para se dedicarem ao pior de si mesmas, em tramas que podem levar séculos.
Vamos pedir sempre a Deus que nossa "vingança" seja a capacidade renovada de retribuir todo mal com trabalho. E que essa nossa postura sirva de exemplo aos que nos cercam. "Amai os vossos inimigos".
A vingança, fruto do atraso moral do homem, é condenável, pois consiste na manifestação de um coração rancoroso. Este sentimento, contrário à lei de Deus, deixará de existir na Terra quando o homem, usando os recursos do Evangelho e da prece, se esforçar por perdoar as ofensas recebidas.
FINALIZANDO, Sejamos também nós os construtores da paz que vence a violência e do entendimento que vence o ódio no microcosmos (mundo pequeno-resumo do universo), começando do lar e se expandindo, à medida de nossa capacidade, a todos os corações.
Bibliografia.
- ESSE – Evangelho Segundo o Espiritismo.
- www.cvdee.org.br
- www.cybermind.com.br/segrav/ving.htm
- IRC-Espiritismo - http://www.irc-espiritismo.org.br
03.04.2006/ecs.
“O homem pensa não poder reformar a sua própria natureza por isso ele não teria obrigação de corrigir seus defeitos, dos quais ele se compraz voluntariamente ou que, para serem eliminados, exigiriam muita perseverança. Assim, por exemplo, que o homem com tendência à cólera, quase sempre se desculpa por seu temperamento”.
Á cólera em si é uma conseqüência do orgulho que se encontra misturado a todas as suas imperfeições. Raciocinando junto com Emmanuel: "A cólera é também semelhante a um raio fulminatório que ninguém sabe onde irá cair”.
Muitas vezes, após sairmos desse estado, nos arrependemos e até nos envergonhamos. Mas, quando estaremos aptos a trabalhar melhor as nossas emoções.
Quantas vezes, dentro do nosso lar ou no setor profissional, deixamos nos envolver por esse processo e estabelecemos um clima de profundo constrangimento.
Ainda que venhamos a nos arrepender nem sempre poderemos contar com a compreensão daqueles que foram vítimas das nossas atitudes impensadas no momento da cólera.
A solução trazida pelos os espíritos é buscarmos a nossa transformação interior. Se assim não fosse, seria negar a Lei do Progresso a que todos nós estamos sujeitos. Aquele que deseja se corrigir, sempre poderá fazê-lo.
Quando Jesus afirmava que os mansos e os pacíficos herdariam a Terra, estava nos fazendo um convite à reflexão sobre as nossas ações e reações, diante do nosso próximo.
1 - Por que se costuma atribuir ao corpo físico a causa da cólera?
- Trata-se de pretexto que o homem usa para desculpar as tendências negativas próprias do espírito, sob a alegação de que é impossível reformar a sua própria natureza.
- Muitos assim pensam por ignorarem que reside no espírito a origem de todas as nossas manifestações e ações.
2 - De que forma podemos dominar a cólera?
Através da nossa vontade, podemos transformar as energias que emitimos, de modo a torná-las mais serenas, dosando, assim, as nossas reações ante aquilo que nos contraria. Por outro lado, as nossas contrariedades são igualmente amenizadas quando usamos de paciência e resignação perante as provações da vida.
"A energia serena edifica sempre, na construção dos sentimentos purificadores”.(Emmanuel / livro: O Consolador - questão 181).
3 - Onde buscarmos a força necessária?
- No Evangelho de Jesus, onde encontramos repertório inesgotável de ensinamentos voltados para a nossa reforma interior; e na prece, através da qual angariamos o auxílio do Alto e o equilíbrio renovador.
- Residindo à origem da cólera no orgulho ferido, para dominá-la temos que combater justamente o orgulho, mediante a nossa reforma íntima, sob a égide da doutrina do Mestre.
1 - Onde encontramos a causa da cólera?
- No orgulho ferido, que faz com que o homem se revolte diante da menor contrariedade e de situações que o obriguem a aceitar-se como um ser ainda imperfeito e, portanto, com graves erros a corrigir.
- “A energia serena edifica sempre... mas a cólera impulsiva... é um vinho envenenado cuja embriaguez a alma desperta sempre com o coração tocado de amargosos ressaibos”.(Emmanuel – O Consolador – Questão 181).
181 - O Consolador – Como entender o sentimento da cólera nos trâmites da vida humana?
- A cólera não resolve os problemas evolutivos e nada mais significa que um traço de recordação dos primórdios da vida humana em suas expressões mais grosseiras.
A energia serena edifica sempre, na construção dos sentimentos purificadores; mas a cólera impulsiva, nos seus movimentos atrabiliários, é um vinho envenenado de cuja embriaguez a alma desperta sempre com o coração tocado de amargosos ressaibos.
2 - Como defender os valores que julgamos corretos, sem nos encolerizar?
- Agindo em conformidade com os mesmos, respeitando nos outros sua forma de pensar, sem perder a confiança em Deus e em sua sabedoria.
- Para definição consciente daquilo que realmente é correto, torne-se imprescindível a nossa constante ligação com Jesus.
3 - Mas, e se formos bloqueados em nossa ação, que julgamos acertada, não averia aí razão justa para nos revoltar?
Não. Isso não seria justificativa para a cólera. Tampouco, impor nossa vontade, quando não somos compreendidos, não resolve o problema. O segredo do sucesso está em aguardar paciente, pois a verdade prevalecerá.
"Se a nossa paciência jaz tranqüila, na certeza de que temos procurado realizar o melhor ao nosso alcance, no aproveitamento das oportunidades que o Senhor nos concedeu, estejamos serenos na dificuldade e operosos na prática do bem" – Emmanuel e André Luiz / livro: Estude e Viva.
Conclusão do Estudo:
A verdadeira origem da cólera está no espírito. Este é que pode estar vicioso, não o corpo. É sentimento que contraria a lei de Deus e se expressa por atitudes rudes e grosseiras, acarretando sérios desajustes orgânicos àquele que a cultiva e fazendo deste a sua principal vítima Além disso, revela um sentimento antifraterno de quem a ela se predispõe, perante os semelhantes Desculpar-se do proceder colérico, alegando mal funcionamento do organismo, é pretexto que se usa para dissimular as próprias imperfeições. Trata-se de um mal cuja origem reside no orgulho ferido, que o homem terá de dominar, se deseja ser feliz. Para combatê-la é necessário o homem reformar-se interiormente, mediante o uso da vontade, inteligência e livre arbítrio, dirigidos para o bem.
Bibliografia
(Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. IV item 10).
www.cvdee.org.br
www.irc-espiritismo.org.br
10.04.2006/ecs.
PERSONALISMO.: egocentrismo; egoísmo: qualidade do que é pessoal; conduta daquele que atribui tudo a si próprio.
O personalismo é o nosso maior adversário, em todas as nossas aspirações de natureza espiritual. O excessivo apego a nós mesmos, aos nossos pontos de vista, nos subtrai o discernimento e não nos permite enxergar a Verdade fora de nós. Chico Xavier
O personalismo é o grande adversário da causa do amor. Alguns exercícios poderão auxiliar-nos na sua identificação, o que será o primeiro passo para um programa reeducativo. Eis uma pequena lista:
= Emitir opiniões sem fixar-se obstinadamente na idéia de serem as melhores.
= Aprender a discernir os limites entre convicção e irredutibilidade nos pontos de vista.
= Ouvir a discordância alheia acerca de nossas ações sem sentimento de perda ou melindre.
= Cultivar abnegação na apresentação dos projetos nascidos no esforço pessoal, expondo-os para análise grupal.
= Evitar difundir a “folha de serviço” das realizações pessoais já concretizadas.
= Disciplinar e enobrecer o hábito de fazer comparações.
= Acreditar que a colaboração pessoal sempre poderá ser aperfeiçoada.
= Pedir desculpas quando errar.
= Ter metas sem agigantá-las na sua importância frente às incertezas do futuro.
= Aprender a ouvir opiniões para melhor discernir.
= Admitir para si os sentimentos de mágoa e inveja.
= Ser simples.
= Ter como única expectativa nas participações individuais o desejo de aprender e ser útil.
= Esforçar-se para sair do “personalismo silencioso”, o isolacionismo e a timidez.
= Delegar tarefas, mesmo que acredite que outro não dará conta de fazê-la tão bem quanto nós.
Como vemos é aprendizado de longa duração que devemos começar com intensa humildade e contínua disposição de autoconhecimento.
Bibliografia
Livro Mereça Ser Feliz – Pelo espírito Ermance Dufaux, psicografia de Wanderley S. de Oliveira. 2º ed. p. 74-76.
17.04.2006/ecs
Resp. - Se é para divulgação e crítica há grande erro, porque é faltar com a caridade. Porém, se a análise resultar em seu proveito pessoal evitando-os para si mesmo, isso pode algumas vezes ser útil. Mas é preciso não esquecer que a indulgência com os defeitos dos outros é uma das virtudes contidas na caridade. Antes de censurar os outros pelas imperfeições, vede se não se pode dizer o mesmo de vós. Empenhai-vos em ter as qualidades opostas aos defeitos que criticais nos outros, esse é o meio de vos tornardes superiores; se os censurais por serem mesquinhos, sede generosos; por serem orgulhosos, sede humildes e modestos; por serem duros, sede dóceis; por agirem com baixeza, sede grandes em todas as ações. Em uma palavra, fazei de maneira que não se possa aplicar a vós estas palavras de Jesus: “Vê um cisco no olho de seu vizinho e não vê uma trave no seu”.
A Maledicência é um recurso utilizado para compensar a nossa baixa-estima. Diminuindo o próximo sentimo-nos maior e melhor que ele. O falar mal dos outros - é um dos maiores males do nosso século. Será que gostamos de falar mal dos outros? Será que quando afirmamos: “Não estou falando mal de fulano. Só estou dizendo a verdade”, na realidade não estamos encobertando nosso prazer de falar mal dos outros?
As palavras quando ainda estão contidas na nossa mente são nossas escravas, porém quando as pronunciamos poderemos virar escravos delas. Sábio comentário. Quem de nós, no dia-a-dia, nunca fez um comentário infeliz, acerca de algo ou alguém, e não foi vítima de tal? A inveja e a maledicência, ainda muito evidentes nos dias atuais, se não controladas, podem causar transtornos incalculáveis.
Maledicência: Testemunha falsa que profere mentiras é o que semeia contendas entre irmãos.
Testemunha falsa é o mentiroso preparado para mentir. Sua natureza é muito mais inferior que a do contador de lorotas. É maledicente, não se importando com as conseqüências do seu gesto nefando.
A maledicência é um ímã que atrai irreversivelmente a calúnia.
Tudo que damos, seja o bem ou o mal, recebemos de volta sem perda de direção. Existem ainda os artistas do ambiente da discórdia, os provocadores da destruição, que não falam de ninguém, mas instigam os outros a falar. Não têm coragem de tirar a vida de um inseto, no entanto, sentem satisfação em mandar destruir a existência do semelhante. São como os sepulcros caiados por fora e podres por dentro.
Semear contendas entre os próprios irmãos é o mesmo que deixar uma substância inflamável à beira da fogueira. Ninguém consegue destruir a harmonia universal e todos nós representamos uma nota na orquestra divina. Sempre precisamos daqueles que viajam conosco, como eles de nós.
Todo maléfico é ignorante, desconhece completamente o amor. Se estivesse ciente da presença da caridade em seu coração, mudaria o seu proceder, não falaria apenas, mas faria o bem.
O mal não compensa. Sua semente é a vingança e seu fruto, o ódio. E Deus nos criou para vivermos no amor.
Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.
OS TRÊS CRIVOS
... Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos ouvidos: - Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
- Espera!... - ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que me vais dizer pelos três crivos?
Três crivos? - perguntou o visitante, espantado.
- Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto àquilo que pretendes comunicar?
- Bem, ponderou o interlocutor, - assegurar mesmo, não posso... Mas ouvi dizer e... então...
- Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade.
Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que me queres contar?
Hesitando, o homem replicou:
- Isso não... Muito pelo contrário...
- Ah! - tornou o sábio - então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.
- Útil?... - aduziu o visitante ainda agitado. - Útil não é...
- Bem - rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificação para nós...
Aí está, meu amigo, a lição de Sócrates, em questões de maledicência...
Irmão X - Médium: Francisco Cândido Xavier
MENSAGEM
Vejamos a história de um Espírito que se comunicou através da psicofonia do médium Divaldo Franco em reunião mediúnica, relatada no livro Depois da Vida.
Conta o Espírito que a felicidade alheia sempre lhe foi causadora de grande amargura e que o júbilo dos outros enchia de revolta seu coração. Mascarou a frustração com a inveja e passou a atirar setas de malícia, tombando na calúnia, passando a enxergar e entender somente o que lhe agradava.
Certa noite, indo jantar em um restaurante, viu um homem, a quem dizia amar com sordidez e que odiava por ele ter se casado com outra, desdobrando-se em cortejos a uma atraente jovem de cabelos ruivos, que lhe retribuía as atenções com beijos na mão e na face. Recusou-se à refeição, pois já houvera encontrado o prato que lhe agradava.
Sem escrúpulos, dirigiu-se para casa e telefonou à esposa do cavalheiro, a quem se fazia passar por amiga, narrando não o que viu, mas sim o que gostaria de ter visto, enriquecendo os detalhes. No dia seguinte, veio, a saber, que a esposa, supostamente traída, houvera cometido suicídio. Nem por isso deixou-se abalar na sua rotina de calúnias, parceira habitual, levando-a a não saber mais distinguir o que era verdadeiro e falso.
Como todos nós, mais cedo ou mais tarde, com o falecimento do corpo físico voltaremos ao mundo espiritual onde tudo se desvela, eis que ela retorna e no seu perturbado estado de consciência, é disputada por suas vítimas, dentre elas a mulher que se matou, vindo a descobrir que ela não era suicida, mas sim vítima da calúnia.
Naquela fatídica noite, tivera um mal entendido com o marido. O matrimônio vinha lentamente se desmoronando. Ele convidara uma irmã sua que morava noutra cidade, para que viesse a intermediar os problemas e ajudá-los. Convidara a esposa para o jantar em que os três examinariam as dificuldades. Magoada, ela recusara-se a seguir com ele. Mas o que a fez suicidar-se, foi um detalhe fornecido pela caluniadora: os cabelos ruivos. Como sua cunhada possuía cabelos castanhos - só que uma semana antes os houvera pintado - ela supôs ser uma rival. Ingeriu alta dose de soníferos. Quando o esposo chegou, encontrou-a morta, sem nunca saber a causa do suicídio. Pranteou demoradamente, pois a amava muito.
Relata o Espírito, agora profundamente arrependido, que colhendo o que plantou, há vinte e cinco anos padece num inferno de suplícios e é infeliz, muito infeliz. Mas, como a Misericórdia Divina não tem limites, a perturbada entidade encontra-se sob a proteção dos Mentores Espirituais, hospitalizada para recuperação.
Cuidemos de ter uma boa conduta para que não caiamos também nós, nos graves desequilíbrios. Recordando o Mestre Jesus, façamos aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem.
Bibliografia:
- Livro “Gotas de Ouro”, de João Nunes Maia, (pelo Espírito Carlos).
- Livro “Instruções Psicofônicas de Francisco Cândido Xavier”.
- Jornal o Mossoerense – 28/4/2005 - : francinaldorafael@uol.com.br
28.04.2006/ecs
28 – INTOLERÂNCIA - IMPACIÊNCIA
Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. - S. Luís. (Paris, 1860.).
Intolerância é a qualidade do indivíduo intransigente. O intolerante não perdoa, nem mesmo atenua as falhas humanas, e por isso falta-lhe a moderação nas apreciações com o próximo. Vê apenas o lado errado das pessoas, o que em nada estimula o bem proceder.
A fácil irritação é também um aspecto predominante do tipo intolerante. O senso de análise é nele muito forte. Na sua maneira de ver, quem erra tem de pagar pelo que fez. Não há considerações que possam aliviar uma falta.
Por que somos ainda tão intolerantes?
Vemos o cisco no olho do nosso vizinho e não enxergamos a trave no nosso. Comentamos só o lado desagradável e desairoso das pessoas. Será que nessas críticas não estamos inconscientemente projetando nos outros o que mais ocultamos de nós mesmos? Não estaríamos assim salientando nas pessoas o que não temos coragem de encarar dentro de nós?
A intolerância doentia é um sintoma indicativo de que algo muito sério precisa ser corrigido dentro do nosso próprio ser.
Mostrando o mal nos outros, ressaltamos as supostas qualidades que acreditamos ter. É manifestação de orgulho, não nos enganemos. É proceder contrário à caridade “que Jesus se empenhou tanto em combater, como o maior obstáculo ao progresso”.
A censura que vamos fazer a outrem deve antes ser dirigida a nós próprios, procurando indagar se não a mereceríamos. Analisemos, identifiquemos e lutemos por extirpar a intolerância dos nossos hábitos.
IMPACIÊNCIA
O indivíduo impaciente é tipicamente nervoso, apressado. Nem de tudo o que desejamos somos merecedores ou estamos preparados para ter. Muitas das nossas ambições materiais poderão nos precipitar a enormes abismos, dos quais, é dificílimo sair. Contentar-se com aquilo que a sorte nos proporciona é esforço no treinamento de valorizar adequadamente o que antes desperdiçamos.
A impaciência, em qualquer área, de aprendizado, indica sempre desconhecimento dos reais valores espirituais. E apego aos bens passageiros, que estimulam nossas necessidades imediatas, mas que nos escravizam aos condicionamentos dos sentidos físicos.
Paciência que se esgota reflete coração que se intoxica pelo veneno da ira. Nas manifestações em que expressamos a impaciência, a primeira providência é indagar onde reside a sua origem, o que a gerou e, a partir daí, fazer as ponderações, sobre a importância essencial daquilo que nos intranqüiliza.
E quase certo que localizaremos, nessas ocorrências, desejos, ambições, anseios que necessitam reparos e atenuações para eliminarmos as desastrosas tensões nervosas, desencadeantes dos problemas cardíacos e circulatórios, tão freqüentes no homem atual.
Contrariamo-nos quando não concretizamos o que queremos, impacientamos-nos deixando-nos levar pela irritação, que envenena nossa alma, que contamina o perispírito com ondas magnéticas desequilibradoras, comprometendo os envoltórios sutis que constituem nossa aura, abrindo fulcros geradores de enfermidade, atingindo nossos órgãos mais predispostos e sensíveis.
Vale refrear essas nossas manifestações, exercer sobre elas nosso domínio pacífico, tranqüilo, nas reflexões, dosadas com calma, no equilíbrio, na conformação e na fé nos Desígnios Maiores, elaborados sempre em nosso favor para melhor impulsionar a evolução nos caminhos por nós mesmos escolhidos, quando na Espiritualidade.
Bibliografia
- Manual Prático do Espírita, cap II - O que se pode transformar.- (Ney Prieto Perez)
- E.S.E – cap. IX – item 19.
14.05.2006/ecs
“A desordem e a imprevidência são duas chagas que somente uma educação bem compreendida pode curar.” (Allan Kardec - “O Livro dos Espíritos - Capitulo III. Lei do Trabalho - Pergunta 685-a).
“Se Deus tivesse liberado o homem de trabalho material, seus membros seriam atrofiados: se o tivesse liberado do trabalho da inteligência, seu espírito teria ficado na infância, no estado dos instintos animais “Eis por que o trabalho lhe é necessário. Ele lhe disse: Busca e acharás, trabalha e produzirás; deste modo serás filho de tuas obras, pelas quais terá o mérito e serás recompensado segundo o que tiveres feito.” (Allan Kardec - “O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Capitulo XXV: Buscai e Achareis - item 3).
O individuo negligente é aquele descuidado das suas obrigações, ou seja, sabe o que deve e precisa fazer, mas deixa para depois, relaxa, faz “corpo mole”.
Queremos analisar a negligência relacionando-a com o nosso trabalho de auto-aprimoramento moral, com as obrigações relativas aos compromissos já assumidos conosco mesmo na reforma interior. Nesse aspecto, somos todos negligentes, porque já entendemos muito bem nossas atribuições, mas simplesmente não as realizamos com a necessária intensidade e a desejada freqüência.
A negligência pode também indicar desinteresse no que nos cabe fazer, no esforço próprio que precisamos desenvolver para nos aperfeiçoar progressivamente. Não tendo o devido interesse no que pretendemos realizar, evidentemente o negligenciamos, o que é mesmo mais comum, ou seja, o comodismo atua com predomínio em nossas ações.
Procuremos examinar como a negligencia se manifesta em nós e também de que forma. Assim, poderemos mais facilmente combatê-la:
CARACTERÍSTICAS DA NEGLIGÊNCIA
-Descuido na observação dos esforços que precisamos desenvolver para conter nossos impulsos grosseiros.
-Menosprezo às oportunidades de contribuir em benefício do próximo.
-Preguiça em fazer algo desinteressadamente ao próximo,
Irresponsabilidade no que foi nas tarefas que nos foi confiada. Ao convite feito, pesemos nossas possibilidades de cumpri-lo. Uma vez aceito, o não cumprimento da tarefa reflete irresponsabilidade.
-Desordem na própria arrumação de objetos de uso, todos merecedores de nossos cuidados e zelo.
-Imprevidência no planejamento e discussão dos programas de atividades das tarefas que nos conferem.
OCIOSIDADE
Ser ocioso é gastar o tempo inutilmente, sem proveito; é desperdiçá-lo inativamente.
Trazemos a ociosidade para as nossas cogitações, numa abordagem dirigida ao aproveitamento do tempo nas realizações que impulsionam a nossa evolução espiritual.
Convenhamos que, nesse aspecto decisivo, somos todos ainda ociosos, isto é, gastamos o nosso valoroso tempo em muita coisa inútil ao progresso do nosso espírito.
O trabalho é uma lei imperiosa da Criação, tudo se desenvolve, caminha, evolui, produz-se como conseqüência dele, e como tal o que a ele se opõe é nocivo, prejudicial.
Não devemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje. Amanhã no acaso da vida, poderá ser muito tarde.
Não devemos ser improdutivos na seara que nos foi confiada. Quando dela estivermos afastados, alegando dificuldades do tempo ou outras razões, estaremos identificados na figura estéril que secou.
Dediquemos maior espaço de tempo nas atividades que desenvolvem e enriquecem o nosso espírito, nas obras que poderão ser revestidas em méritos e créditos, recompensando-nos segundo o que tivermos feito de bem ao próximo.
Bibliografia:
Manual Prático do Espírita de Ney Prieto Perez).
05.06.2006/ecs
– Todas as virtudes têm seu mérito, porque indicam progresso no caminho do bem. Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento das más tendências; mas a sublimidade da virtude é o sacrifício do interesse pessoal pelo bem de seu próximo, sem segundas intenções. A mais merecedora das virtudes nasce da mais desinteressada caridade.
Temos uma imensidade de virtudes latentes no coração, esperando que as estimulemos para o serviço grandioso da fraternidade.
É justo reconhecer que Deus tudo fez dentro da harmonia. O desenvolvimento dessas qualidades e de nossa total competência, ainda assim, mãos invisíveis nos ajudam constantemente a estimular esses valores.
Tudo que fizerdes, fazei-o liberando o vosso potencial de amor, que o amor vos propiciará condições de viver gerando saúde e de estar cheios de esperança na conquista da felicidade.
Tudo o que procurais no exterior está dentro de vós. Deveis ser um soldado de Cristo, trabalhando contra os vossos inimigos internos e Deus estará sempre ao vosso lado, vos ajudando a vencer todas as deficiências.
Sede ativo no vosso programa de reforma interior; porém, jamais useis de violência. A moderação é norma divina, na divina seqüência do equilíbrio. Compadecei-vos de vós mesmos, mas nunca pareis de vos educar para melhor vos instruir.
Deveis procurar conviver com a alegria e estudá-la em todos os seus aspectos. Ela é um tesouro que temos herdado da divindade e deve ser cultivada por todos os povos. Um sorriso, uma palavra que induza à alegria pode curar e mesmo encaminhar algumas criaturas para a esperança e a fé. O sorriso nos lábios dá uma dimensão maior à alma e, quando o coração está cheio de amor, o contentamento sai valorizado e doamos aos nossos semelhantes um magnetismo de alta qualidade espiritual.
Deveis conviver com a fé, em todas as suas qualidades benfeitoras. Ela é o sustentáculo da própria existência. A fé é o ambiente de Jesus e o clima dos anjos; meditai na fé, pensai nela e exercitai esse favo de luz no coração, para que a tenhais permanentemente convosco.
Certamente que conheceis o valor do perdão. Buscai-o pelos meios de que dispondes, falai nele, estudai sobre a sua eficácia e procurai desenvolvê-lo todos os momentos, porque quem perdoa é feliz e será capaz de ajudar aos outros a descobrir a paz de consciência.
O amor deve ser o sentimento maior de todas as criaturas, por isso, torna-se necessário que estimulemos seu crescimento dentro de nós, porque por ele e através de todas as suas manifestações, adquirimos saúde, aquele bem-estar imperturbável que proporciona o equilíbrio do corpo e da alma.
Tudo cresce pela força do progresso e tudo o que existe tem o seu valor espiritual, entretanto, precisamos saber ajudar na sementeira e na colheita, porque o discernimento é luz que nos acompanha pela eternidade.
O nosso dever maior é estimular as virtudes nos nossos caminhos, assim como ajudar esse mesmo estímulo nos nossos companheiros, sem violência aos seus direitos.
A palavra é um veículo de muita força, a mostrar a verdade dos preceitos evangélicos em nossas vidas, entretanto, o exemplo é força muito maior que se irradia de quem vive em gamas de luz, para todos os corações que nos cercam. Invade-nos o desejo de levar aos outros aquilo que nos fez felizes, mas nem sempre o que é bom para nós serve para nossos irmãos. O estímulo mais benfeitor é aquele iluminado pela vivência, na tranqüilidade do coração.
Estamos todos em busca de saúde e somente a encontraremos pelos processos naturais e segundo as leis estabelecidas pelo Criador.
Onde estiverdes, não vos esqueçais de estimular as virtudes, por serem elas a luz que vos libertará de todas as sombras.
Considerando os sete pecados capitais: ira, preguiça, avareza, orgulho, gula, inveja, luxúria;
Existem também as sete virtudes opostas: serenidade, presteza, largueza, modéstia, temperança, caridade, castidade. A prática dessas virtudes protege a pessoa contra tentações dos Sete Pecados Capitais, com cada um tendo sua respectiva contra-parte. Existem duas variações distintas das virtudes, reconhecidas por diferentes grupos.
1-Castidade – (Auto satisfação, Simplicidade) - opõe luxúria
Abraçar a moral de si próprio e alcançar pureza de pensamento atravéz de educação e melhorias.
2-Largueza – (Despreendimento, Generosidade) - opõe avareza
Dar sem esperar receber, uma notabilidade de pensamentos ou ações.
3-Temperança – (Abstinência, auto controle, moderação - opõe gula
Constante demonstração de desgarro aos outros e aos seus arredores, uma prática de ascensão. Temperança significa equilibrar, colocar sob limites. Essa virtude serve para controlar o pecado da gula.
4-Presteza – (Diligência, conscisão, objetividade) - opõe preguiça
Ações e trabalhos integrados com as próprias crenças.
5-Serenidade (Paciência, paz) - opõe ira
Resistência à influências externas e moderação da própria vontade. - Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de [tolerância] a erros ou fatos indesejados.
6-Caridade - opõe inveja
Auto-satisfação. Compaixão, amizade e simpatia sem causar prejuízos. A caridade é um sentimento de compaixão ou uma ação altruísta de ajudar ao próximo sem buscar qualquer tipo de recompensa.
7-Modestia – (Humildade) - opõe arrogância
Humildade refere-se a qualidade daqueles que não tentam se projetar sobre as outras pessoas, nem mostrar ser superior a elas. Modéstia. Comportamento de total respeito ao próximo
Então, comecemos a pensar no bem, nas virtudes e de que como vencer os vícios, o qual, nada nos acrescenta. Vencendo nossos vícios, estaremos com nossos corações livres de qualquer sentimento contrário às leis de Deus e a maior das Leis: A do Amor.
“Não somos o que falamos, mas sim o que Pensamos. Se vigiarmos nossos pensamentos, saberemos quem somos. E mudando nossos pensamentos estaremos mudando nossas atitudes”.
Bibliografia.:
- (Do livro SAÚDE, psicografia de João Nunes Maia, pelo espírito Miramez).
- www.irc-espiritismo.com.b.
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_virtudes
24.06..2006/ecs.
31 – HUMILDADE - MODÉSTIA - SOBRIEDADE
– Os males desse mundo ocorrem em razão das necessidades falsas que criais. Aquele que sabe limitar seus desejos e vê sem inveja o que está acima de si poupa-se das decepções nessa vida. O mais rico dos homens é aquele que tem menos necessidades.
Invejais os prazeres daqueles que parecem os mais felizes do mundo; mas sabeis o que lhes está reservado? Se desfrutam desses prazeres somente para si, são egoístas, então virá o reverso. De preferência, lastimai-os. Deus permite algumas vezes que o mau prospere, mas essa felicidade não é para ser invejada, porque a pagará com lágrimas amargas. Se o justo é infeliz, é uma prova que lhe será levada em conta, se a suporta com coragem; lembrai-vos dessas palavras de Jesus: “Felizes os que sofrem pois serão consolados”.
Podemos resumir essas três virtudes como sendo:
Despretensioso, Conformado, Resignado, Simples, Submisso, Respeitoso, Reservado, Comedido, Moderado, Sóbrio.
Vejamos como podemos ser verdadeiramente humildes:
A) Quando estivermos nos dando muito valor, pelo que possuímos financeiramente, pela posição social à qual chegamos, pelo cargo que ocupamos, ou pelo conhecimento adquirido, no elevado conceito que possamos fazer de nós mesmos, meditemos seriamente, com urgência, no falso rumo em que nos achamos e esforcemos-nos em refrear os ímpetos de revolta, de inconformação, as exaltações de ânimo, os melindres, as queixas, indicativos de nosso engano;
B) Aplicando o princípio de que a verdadeira sabedoria está na condição de, pelo muito que possamos conhecer, conseguir avaliar o pouco que atingimos e a pequenez que representamos diante da imensidão universal. O pouco saber nos afasta de Deus, o muito saber, Dele nos aproxima. O verdadeiro sábio percebe que nada sabe;
C) Aceitando com respeito e igualdade as opiniões, idéias, pensamentos e convicções dos que conosco convivendo contrariem nossas certezas, procurando entender que anteriormente às palavras por eles pronunciadas, incontáveis experiências marcaram-lhes o espírito, não raro dolorosamente;
D) Ouvindo com paciência e atenção, sem deixar perturbar nossas emoções de revide, todas as vezes que formos por alguém criticados;
E) Vigiando o nosso entusiasmo, nos planos a serem concretizados, para não resvalarmos nos prejudiciais destaques que a nossa pessoa sempre almeja, confundindo-se nas manifestações da vaidade;
F) Evitando o menosprezo a quem quer que seja, por maiores que sejam as razões a nosso favor, para não faltarmos com o importante dever de caridade que precisa revestir todas as nossas ações;
G) Sendo submissos às ordens recebidas nos deveres assumidos, mesmo que contrárias aos nossos pontos de vista, como treinamento necessário de renúncia aos nossos caprichos;
H) Procurando sempre o lado simples e belo de todas as coisas, independente das aparências enganosas que possam agradar aos nossos sentidos físicos;
I) Valorizando todas as oportunidades de exercer as funções mais modestas e desempenhar os afazeres mais singelos, silenciando com toda a força as possíveis inconformações, pois quem quiser ser o maior, seja o melhor servo dentre todos;
J) Verificando que pobreza de espírito não é desmazelo, nem aparência esfarrapada, ou até falsa modéstia, é condição íntima de reconhecimento da nossa parca evolução, sem que para isso chamemos a atenção da nossa inferioridade pela maneira de vestir, de falar ou de se referir a nós mesmos;
L) Resistindo de todos os modos possíveis aos nossos impulsos de insubordinação e ódio quando formos injustiçados, caluniados, humilhados, menosprezados, machucados ou ofendidos por quaisquer pessoas. Reconheçamos que somente Deus pode julgar nossos atos e, se temos nosso coração puro, Ele nos recompensará;
M) Evitando de qualquer maneira a ostentação ou mesmo a espera do reconhecimento, por outrem, das boas obras que estejamos conduzindo. Fazer o bem destruindo aos poucos os altares e monumentos, erguidos ou referidos à vaidade, é também combate ao orgulho humano.
Em poucas palavras, resumimos: Ser humilde é ser:
A) Despretensioso
B) Conformado
C) Resignado
D) Simples
E) Submisso
F) Respeitoso
G) Reservado
H) Comedido
J) Sóbrio.
Esse é o decálogo do homem humilde, que precisamos guardar para confronto diário com nossas manifestações interiores.
Bibliografia:
(De “Manual Prático do Espírita”, de Ney Prieto Peres)
Resp. – Ele deve se resignar e suportá-los sem lamentações, se quiser progredir; mas sempre possui uma consolação na sua consciência que lhe dá a esperança de um futuro melhor, se faz o que é preciso para obtê-lo.
O que é resignação?
São os bons sentimentos que alimentamos em nosso coração. É compreender a necessidade de não nos revoltarmos, de sermos bons, a fim de sermos felizes.
A resignação, ou ainda aceitação, na espiritualidade, geralmente se refere a experienciar (tentar) uma situação sem a intenção de mudá-la.
Há virtudes difíceis de serem adquiridas e cujo exercício é pouco compreendido. A resignação é uma delas. As criaturas levianas nem a vêem como algo apreciável.
Presas em suas ilusões, consideram a resignação apenas falta de forças ou de coragem. Entendem que o homem sempre deve reagir violentamente contra qualquer circunstância que contrarie seus interesses.
Pensam ser indigno aceitar com tranqüilidade um revés. Contudo, urge reconhecer que nem sempre é possível obter-se o que se deseja. Muitas vezes nossos sonhos mais caros não se concretizam. Ou então nossa tranqüilidade, tão duramente conquistada, é atingida por um infortúnio.
Há dificuldades ou contrariedades que podemos vencer, mas algumas vezes a vida responde a nossos apelos com sombra e dor. Nessas circunstâncias, alguns encontram em seu íntimo forças para resignar-se.
Em face de situações constrangedoras, dolorosas e inalteráveis, a resignação é uma atitude que apenas os bravos conseguem adotar.
O resignado não é um covarde, mas alguém que compreende a finalidade da existência terrena. O homem nasce na terra para evoluir, para vencer a si mesmo e amealhar virtudes.
Justamente por isso, as dificuldades apresentam-se em seu caminho. Algumas são contornáveis e outras não. Às vezes, somente poderíamos sair de uma situação triste, prejudicando ou magoando um semelhante.
Como ninguém conquista a própria felicidade semeando desgraças, essa opção não é legítima. Frente a um infortúnio inevitável, é necessário acomodar a própria vontade.
Já nascemos inúmeras vezes e renasceremos outras tantas. A vida é uma escola, na qual passamos da ignorância e da barbárie à angelitude.
Conscientes de nosso papel de aprendizes convém nos dedicarmos a fazer a lição do momento. Talvez ela não seja a que desejaríamos, mas certamente é a mais adequada às nossas necessidades.
A rebeldia de nada nos adiantará. A criatura rebelde perante as leis divinas apenas torna seu aprendizado lento e doloroso. Rapidamente ela se torna cansativa para seus familiares e amigos.
Ao fazer sentir por toda parte o peso de seu amargor, infelicita os que a amam.
Resignar-se não significa desistir da luta. Implica apenas reconhecer que a luta interiorizou-se. Quem se resigna enobrece lentamente seu íntimo, ao desenvolver novos propósitos de vida. Tais propósitos não se resumem a um viver róseo.
Eles envolvem a percepção e a aceitação de que temos um papel a desempenhar na construção de um mundo melhor. Esse papel pode não coincidir com nossas fantasias, mas é uma bênção ser um elemento do progresso, mesmo com algum sacrifício.
Outras pessoas, mirando-se em nosso exemplo, podem encontrar forças para seguir em frente.
A resignação é uma conquista do espírito que vence suas paixões e atinge a maturidade. Ele consegue manter a alegria e o otimismo, mesmo em condições adversas. Ao enfrentar com tranqüila dignidade seus infortúnios, prepara-se para um amanhã venturoso.
Pelo estudo do Evangelho e pela prática do mesmo, vamos ficando mais obedientes ao Pai, mais brandos, mais felizes, conseqüentemente.
Bibliografia:
-Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no capítulo 24 do livro ‘Leis Morais da Vida’, ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco – (Resumo).
De outrem, divulgar o mal de outrem?
.
Ser compreensivo é estar preparado para aceitar as reações, a conduta, o modo de ser das pessoas sem prejulgamentos ou condenações, é aceitar as pessoas como elas são.
Allan Kardec pergunta aos Seareiros do Bem: “Se não podemos compreender a natureza íntima de Deus, podemos ter uma idéia de algumas de suas perfeições?” E os Espíritos amigos respondem: “Sim, de algumas. O homem as compreende melhor à medida que se eleva acima da matéria; ele as entrevê pelo pensamento”. (O Livro dos Médiuns – questão 12).
Compreender, querer, perdoar. Esta tríade resume bem o relacionamento humano ideal. Da cultura popular somos capazes de lembrar: "Deus perdoa sempre, os homens de vez em quando, a natureza nunca" ou "Errar é humano, perdoar é divino". O perdão absoluto é divino. Nós podemos ter o ideal de perdoar, mas nem sempre conseguimos, como na terrível fórmula: "Perdoar, eu perdôo; mas esquecer, não esqueço...". Compreender cada um como é, acaba sendo o melhor modo de interagir.
A compreensão é um dom espiritual que todos temos e que varia muito em função do modo como assimilamos as coisas. Varia em razão da evolução espiritual de cada criatura. Há dois modos de compreender: o primeiro, é compreender e não praticar; o segundo é capacitar-se e viver o que já aprendeu pelas faculdades do discernimento.
Em todos os acontecimentos que a vida nos apresenta, podemos avaliar cada vez melhor as nossas condições espirituais ante a sociedade, sendo de senso comum que não devemos criticar os outros com esperanças de tomarmos os lugares que eles já alcançaram por méritos. Compete a cada um conquistar o seu próprio ambiente e a sua própria posição entre os que viajam ao seu lado, sem o timbre da vaidade nem o barulho do orgulho. Deves atingir a tua posição com humildade e acatamento, com respeito e honestidade, porque não é desmerecendo os teus semelhantes que alcançaras a verdadeira honra. A Escola de Cristo é bem diferente das escolas do mundo.
O mundo ensina o egoísmo; Jesus, o desprendimento com discernimento.
O mundo ensina o orgulho de raça; Jesus, o amor a todas as criaturas.
O mundo limita-se a ensinar o amor à família; Jesus ensina o amor universal.
O mundo instrui para que aprendamos a sabedoria exterior; Jesus nos adverte sobre os conhecimentos internos.
O mundo nos ensina o revide das ofensas para salvaguardar a honra; Jesus nos mostra, com exemplos de Sua vida, o perdão aos que nos ofendem e caluniam.
O mundo nos cobre de glórias quando matamos; Jesus nos conduz para a paz de consciência quando preservamos as vidas.
O mundo nos ensina a conquistar os bens materiais; Jesus nos mostra os valores dos tesouros imperecíveis do espírito.
Eis os primeiros toques da grandeza do Mestre, que podes avaliar e seguir, e os caminhos que podes escolher: o de Jesus ou o do mundo.
Aquele com compreende melhor o futuro da alma vive no mundo, mas não se esquece de viver com Jesus no coração, porque Ele ajuda a seguir o melhor.
Devemos assimilar, o quanto pudermos, o que se refere ao Evangleho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o código divino da esperança em ascensão, pois somente ele extingue das nações o ódio, a usura, o egoísmo, e estabelece a confiança recíproca entre todos os povos da Terra.
O Evangelho nos ajuda a compreender melhor os nossos irmãos, para que possamos viver na eterna paz de consciência, sem prejudicar os que procuram esses mesmos caminhos com destino ao paraíso interno, onde reina a felicidade.
Bibliografia:
Cirurgia Moral – João Nunes Maia, pelo espírito Lanlellin
Texto: Liane Camargo de Almeida e Wilson F. de Weigl
http://www.hottopos.com.br - Ecs/13.08.2006.
Tomás de Aquino diz que a tolerância é o mesmo que a paciência. E a paciência é justamente o bom humor ou o amor que nos faz suportar as coisas ruins ou desagradáveis. É aceitar o desagradável com bom humor.
O exercício da tolerância inclui, em primeiro lugar, o respeito a outra pessoa. Isso não significa concordar incondicionalmente com o que está sendo dito, anular sua opinião ou se submeter ao que nos violenta ou faz mal. A tolerância nos permite considerar que existem, sim, diversas formas de olhar para a vida, outras maneiras de ser ou vários tipos de ideal. E que opiniões diferentes das nossas não significam, necessariamente, uma afronta pessoal.
O que leva duas pessoas a entrarem em discórdia? A invasão do direito alheio, o ultrapassar o limite de tolerância, a incapacidade de compreensão mútua ou própria, a falta de empatia, a nossa própria natureza, o nosso temperamento. Somos limitados, e isto se manifesta também no modo tosco com que nos relacionamos muitas vezes com as pessoas.
A distância que existe entre as pessoas, em parte é criada por cada um. Às vezes percebemos que com alguns, já num primeiro momento, se consegue chegar perto, e falar sem gritar ou mandar mensageiros, mas nem sempre é assim. É preciso usar a inteligência, para encontrar o caminho da comunicação entre as pessoas. É o querer se comunicar... ou não
De fato, abandonar um mau costume e atuar de modo completamente oposto é uma tarefa que exige esforço e podem durar meses ou anos... E, quanto aos outros, exigimos que tudo ocorra no mesmo instante, esquecendo que as coisas têm seu ritmo natural.
Onde tudo começa
"A educação é o meio mais eficaz de criar uma cultura de tolerância. O acesso à educação também desenvolve o senso crítico para recusar a intolerância e o preconceito que podem estar presentes nos meios de comunicação, na família ou no ambiente social",
Alcance social
Seremos mais felizes quando se concretizar aqui um dos itens principais da Declaração de Princípios da Tolerância, redigida pela Unesco em 1995. Diz o texto da declaração: "A prática da tolerância significa que cada pessoa é livre para escolher suas convicções e aceita que seu semelhante possa usufruir da mesma liberdade".
Para praticar todos os dias:
Veja como incluir mais flexibilidade e compreensão em seu dia-a-dia:
1. Avalie se suas opiniões sobre determinadas pessoas ou grupos não
estão baseadas em preconceitos.
2. Invista no autoconhecimento, investigue quais são suas crenças reais.
3. Evite julgar pessoas ou acontecimentos precipitadamente, sem refletir.
4. Adote uma atitude aberta em face de estilos de vida diferentes do seu.
5. Tente aceitar as outras pessoas como são.
6. Procure ser mais tolerante consigo mesmo. Aceite seus erros e defeitos.
"Tolerância não é liberdade total...".
DUAS MENSAGENS
1ª. Mensagem
Numa pequena cidade do interior, um deficiente físico, sem pernas, perambulava pela cidade com auxílio das duas mãos e o apoio do tronco. Durante anos, no seu trajeto, era debochado por um homem que dizia: - Vai gastar o... Um dia ele perdeu a paciência e matou o importunador. Na justiça, o aleijado foi duramente atacado, e tido como assassino cruel. O advogado, ao iniciar a defesa, falou durante dez minutos elogiando a qualidade de cada membro do júri, até que o juiz interrompeu: - Se o senhor não iniciar a defesa, não permitirei que prossiga. Sabiamente, o advogado respondeu: - Meritíssimo, se o senhor não agüentou dez minutos de elogios, imagine a situação do réu que suportou anos de insultos... Nestes casos, pode valer o provérbio: "Não seja intolerante a menos que você se confronte com a intolerância”.
Quanto à tolerância, costumamos atuar, como diz o provérbio, "com dois pesos e duas medidas": tendemos a ser muito complacente com os desvios de nossa conduta (e isto quando os reconhecemos...) e implacáveis com os outros: não lhes damos o tempo necessário para mudar.
2ª. Mensagem
Domingo, finalzinho de tarde. Para ela, hora da preguiça, da rede, de um bom cochilo depois de lavar a louça do almoço. Para ele, o início do jogo de futebol, da torcida, dos gritos de gol. Como conciliar essa e outras diferenças que trazem atritos para o cotidiano? Sanda enfrentava esse dilema todos os fins de semana, mas chegou a um acordo com o namorado. "Vejo futebol sem dar um pio. Mas depois, durante a semana, ele assiste telenovela quietinho do meu lado", diz, sorrindo, Sandra. Como eles aprenderam, existem várias alternativas para resolver conflitos, mas nenhuma delas entra em prática se não houver tolerância. É essa qualidade que abre espaço para a negociação, para o diálogo e a superação de obstáculos. Com flexibilidade, é possível ceder, ouvir o que a outra pessoa tem a dizer e chegar a um acordo. É por isso que vale a pena praticar a tolerância. Ela tem o poder de transformar realidades e unir pessoas.
Bibliografia:
Texto: Liane Camargo de Almeida e Wilson F. de Weigl - Reportagem: Wilson F. de Weigl
http://www.hottopos.com.br/vidlib2/o_limite_e_a_toler%C3%A2ncia.htm
19.08.2006/ecs
SEQUER CONSEGUIU AINDA
Quem ainda não sabe:
- ceder em suas opiniões mais inflexíveis;
- guardar silêncio em certas circunstâncias;
- escutar confidências sem se escandalizar;
- aceitar as pessoas em seu próprio universo existencial, sem constrangê-las a mudar;
- admitir que, possivelmente esteja equivocado no juízo que formula sobre alguém;
- compreender sem esperar a menor parcela de compreensão alheia;
- servir invariavelmente no bem dos semelhantes;
- reconhecer-se imperfeito, com a obrigação de renovar-se a cada instante;
- que absolutamente nada o diferencia de seus companheiros de jornada evolutiva;
- que toda conquista se alicerça no esforço individual...
Certamente, desconhece o que lhe seja essencial ao melhor conhecimento de si e sequer conseguiu ainda se iniciar nos rudimentos da verdadeira sabedoria.
DO LIVRO: Dias Melhores
PELO ESPÍRITO: Irmão José
PSICOGRAFIA: Carlos A. Bacelli
Há criaturas que se despojam de dinheiro em favor da beneficência, mas não cedem no terreno da opinião pessoal, no esforço sublime da renunciação.
O medo que estamos sentindo, freqüentemente, é o medo das nossas perdas. Perda da mocidade, perda do dinheiro, perda da saúde, perda do prestígio, perda do amor, perda do emprego, perda da amizade, etc.
Renunciar é, sobretudo, um ato de coragem. E poucos conseguem praticá-lo. É fácil apegar-se. Difícil é desapegar-se.
A renúncia é o treino da doação. Há algo de fundamental para nós, sem o que nossa alma definha. Chama-se amor!
O ato da renúncia é mais louvável do que o ato do apego. Vivemos o tempo todo, se apegando às coisas, ás pessoas, aos lugares, como se essas coisas, essas pessoas, esses lugares estivessem, sempre, à nossa disposição.
A renúncia que Jesus quer é a renúncia ao apego, porque o apego é o que nos escraviza, é o que nos preocupa, é o que nos angustia, é o que nos torna infelizes, deprimidos, egoístas.
Quantos lares estariam ajustados e felizes; quantas separações jamais seriam cogitadas, se num relacionamento familiar, pais e filhos, marido e mulher, irmãos e irmãs transmitissem carinho com mais freqüência, àqueles que habitam sob o mesmo teto.
O lar é o laboratório de experiências nobres em busca de avanços morais e espirituais, onde os seres se depuram em preparo para realizações mais elevadas nos Domínios do Criador. Treinamos na família menor habilitando-nos para o serviço à família maior que constituí a Humanidade inteira.
Tudo isso diz que gostamos do familiar. Não há nada mais importante em favor da harmonia doméstica. Para tanto é preciso que aprendamos a renunciar.
Renunciar à imposição agressiva de nossos desejos;
Renunciar às reclamações e cobranças ácidas;
Renunciar às críticas ferinas;
Renunciar ao mutismo e a cara amarrada quando nos contrariam:
Renunciar, enfim, a nós mesmos, vendo naqueles aos quais a sabedoria divina colocou em nosso caminho a gloriosa oportunidade de trabalhar com Deus na edificação dos corações, e recebermos em nosso lar o salário da paz.
Com semelhantes exercícios em torno da caridade descobriremos no lar afinidades novas, motivações renovadas, afetos insuspeitados, a garantirem uma vida familiar saudável e feliz.
Não é o ato da renúncia que importa. O que importa é o espírito da renúncia. Você pode ter muitos bens e não ser apegado a eles, desde que se conscientize de que tudo passa, de que tudo nos chega como empréstimo, porque chegará, um dia, em que teremos de abandoná-los. Ninguém é proprietário de nada, a não ser de sua própria consciência.
É difícil renunciar. Até mesmo a um simples cigarro.
Rico é aquele que é pobre de necessidade - escreveu um grande pensador. Parafraseando, diríamos: rico é aquele que é pobre de apegos.
Renunciar ao ódio, à vingança, aos vícios, aos ressentimentos, à inveja, eis aí o grande heroísmo. Afinal, como devemos viver no mundo?
Paulo de Tarso tem a receita. Ei-la: "viver como possuindo tudo, nada tendo, com todos e sem ninguém".
Emmanuel nos diz: A felicidade existe sim, porém, para usufruí-la no Outro Mundo, precisamos aqui na Terra admitir “que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho que avança”.
Como diz o cantor Nelson Gonçalves, na música Renúncia.: Difícil no amor é saber renunciar.
Amemos as pessoas e usemos as coisas, para não
Amarmos as coisas e usarmos as pessoas.
Bibliografia.:
RENUNCIAR – Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Pão Nosso - – Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.
03.09.2006/ecs
A indulgência é sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos. No campo da indulgência, todos somos carentes, em face das nossas imperfeições. Daí, o dever de todos em cultivá-la.
É uma das virtudes que caracterizam o verdadeiro cristão, e que se expressa pela postura complacente, compreensiva, que se adota perante as faltas e imperfeições do próximo.
Ser indulgente é saber perdoar, esquecer, diante de tudo que possa ser reprovável no comportamento dos semelhantes.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.
A indulgência é remédio salutar que ministramos ao nosso próximo e que tem por efeito clarear-lhe o raciocínio, renovar-lhe o modo de pensar, amparar-lhe na sua caminhada. Ela se reverte em benefício de nós mesmos, através da indulgência que Deus e nossos semelhantes têm para conosco.
Enquanto o rancor limita a visão à figura estereotipada (reproduzida fielmente) do opositor, a indulgência permite enxergar o ser humano que há por trás do adversário, muitas vezes carente de orientação, esclarecimento e auxílio.
A indulgência é a semente do perdão;
O rancor é a raiz dos conflitos.
Que benefícios proporcionamos ao próimo, sendo indulgentes?
A indulgência que demonstramos em nosso comportamento pode sensibilizar o coração das pessoas, concitando-as a se melhorar e a proceder também com indulgência, e isto propicia que se regenerem de suas possíveis faltas.
Por que devemos ser indulgentes para com os outros?
Porque precisamos igualmente de indulgência, já que não somos perfeitos. Ademais, o nosso Pai, pela sua infinita bondade, usa constantemente de indulgência para conosco.
A indulgência de que Deus se utiliza para conosco constitui o efeito reversivo da indulgência que usamos para com os nossos semelhantes.
Que efeito produzirá nossa indulgência no próximo?
A nossa reação pacífica e compreensiva diante de suas faltas poderá contribuir para sensibilizar-lhe o coração, concitando-o a corrigir-se e a trilhar o caminho do bem.
A indulgência para com o próximo tem como função clarear-lhe o raciocínio, renovar-lhe o modo de pensar e de ser e amparar-lhe na caminhada.
Por que insistimos em evidenciar os erros dos outros, quando reconhecemos que somos portadores de graves erros também?
Porque o nosso comportamento é ainda sedimentado no orgulho, que nos faz alimentar a pretensão inútil de nos colocar em posição de vantagem e de superioridade, rebaixando o nosso irmão, sempre, ao nível de alguém menor ou pior que nós.
Enquanto o orgulho ainda estiver ditando as regras de nosso comportamento, só teremos olhos para exaltar os erros alheios, fingindo não lhes anotar as qualidades, porquanto estas, certamente, tendem a nos colocar em posição inferior, ferindo-nos o amor próprio.
De que modo a indulgência se constitui uma forma de se praticar a caridade?
A indulgência, tendo por objetivo a prática de atitudes que visam à promoção do bem-estar do próximo, constitui-se, por isso, em uma das sublimes maneiras de se expressar a caridade.
"O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso".
O Espiritismo vem nos lembrar da obrigação que temos de nos corrigir, consoante nos recomenda o Evangelho. Essa responsabilidade, contudo, é bem maior para aquele que já tem noção desse dever.
É impossível amar a Deus sem praticar a caridade, e não se pode pensar em caridade esquecendo-se de ser indulgente para com os defeitos dos outros. A prática dessa virtude nos leva a considerar com mais rigor os nossos defeitos e a enaltecer as virtudes do próximo.
Bibliografia.:
- Evangelho Segundo o Espiritismo
- www.cvdee.org.br
- www.sunrise.com.br/mensageirosdeluz
10.09.2006/ECS
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“Sede pacientes A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus”.Cap. 9: 7.
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A paciência é uma genuína expressão de confiança, aceitação, serenidade e fé. Paciência é sinal de força e de coragem. Joy Adams.
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Perg. 801 do LE – Por que os Espíritos não ensinaram em todos os tempos o que ensinam hoje?
Resp.: “Não ensinais às crianças o que ensinais aos adultos, e não dais para um recém-nascido um alimento que ele não possa digerir; cada coisa em seu tempo. Eles ensinaram muitas coisas que os homens não compreenderam ou desnaturaram, mas que podem compreender atualmente. Por seus ensinamentos, mesmo incompletos, prepararam para receber a semente que vai frutificar hoje”.
Jesus foi a paciência sem lindes, no entanto, embora suportasse, sereno todos os golpes que lhe foram endereçados, pessoalmente preferiu aceitar a morte na cruz a ter de aplaudir o erro ou acumpliciar-se com o mal.
Paciência não é conformismo; é reconhecimento da dificuldade existente, com a disposição de afastá-la sem atitude extremista.
Quantas dificuldades seriam menos angustiantes se houvesse um pouco de paciência. Certamente é importante um senso de urgência, porém isso é tão essencial quanto o equilíbrio alcançado com uma boa dose de paciência.
Quando você tem paciência bastante para continuar fazendo o esforço necessário para atingir seu alvo, então você o alcançará. A paciência o ajudará a enxergar um panorama maior e lhe dará as condições necessárias para compreender a importância de enxergar as coisas a longo prazo. Ela o ajudará a melhorar seu relacionamento com as outras pessoas, e reduzirá o nível de estresse em sua vida.
A paciência consigo mesmo, com seu trabalho, com os outros, enfim, é um sinal garantido de que você está na trilha certa. Seja paciente, forte, positivo, e desfrute cada momento que a vida lhe revela.
Paciência, no fundo, é resignação quando as injúrias sejam desferidas contra nós em particular, mas sempre que os ataques sejam dirigidos contra os; interesses do bem de todos, paciência é perseverança tranqüila no esclarecimento geral, conquanto semelhante atitude, às vezes, nos custe sacrifícios imensos.
Em muitos episódios constrangedores, admitimos que paciência é cruzar os braços e gemer passivamente em preguiçosa lamentação. Paciência não é conformismo; é reconhecimento da dificuldade existente, com a disposição de afastá-la sem atitude extremista.
Nossa impaciência desequilibra os processos internos e externos da Natureza em nós. Atos e atitudes pacienciosas podem mudar nosso modo de ver e enfrentar conflitos. Lembremo-nos de que todo problema contém em si mesmo a “semente da solução”.
Precisamos aprender a habilidade paciente de equilibrar e realizar tarefas numa silenciosa quietude, pois a impetuosidade e a afobação que muitas vezes demonstramos podem destruir em minutos o que levamos anos para construir.
Acordemos para a tolerância, nos aspectos em que ela não incentiva a convivência com o erro, e sejamos pacífico entre aqueles que estimulam a revolta e a discórdia. Lutemos conosco mesmo em todas as frentes de aperfeiçoamento e nunca deixemos de ser vencidos pelo desânimo.
Sejamos pacientes com os erros alheio e severo com os nossos desequilíbrios. A paciência não é sinônima de medo; pelo contrário, ela é coragem. O desânimo é ambiente de covardia.
Muitas vezes pegamos um atalho e chegamos mais rápido, mas com isso perdemos muito da beleza do caminho. Chegamos mais cedo sim, mas de certa forma alguma coisa ficou faltando. Não é assim com as crianças e adolescentes que vivem cedo demais a vida adulta?
Mas que é difícil ser paciente, isso é! Há horas em que queremos pegar o relógio do tempo e girar os ponteiros com nossas mãos para que o dia seguinte chegue logo; queremos dormir muito para não ver as horas se desfilando graciosamente diante dos nossos olhos; queremos pensar em outras coisas, mas não conseguimos. Sacrificamos, dessa forma, nosso presente, por um futuro desconhecido, que nem sempre será de acordo com o que pensamos.
Pessoas que esperam por um dia feliz jogam fora à felicidade do presente com a ansiedade do amanhã.
Se há um tempo para todas as coisas, deixemos então que cada coisa chegue na sua vez. Vamos abraçando-as uma a uma à medida que chegam até nós, vivendo o minuto presente que é a graça diária que Deus nos oferece.
Aprender a paciência é uma arte, provavelmente a mais difícil de todas. Ela exige muito de nós, exige autocontrole, exige determinação. Vivamos o hoje! Vivamos a hora de agora! O amanhã pode tanto esperar por nós quanto nós esperamos por ele.
MAS, SE ESPERAMOS O QUE NÃO VEMOS,
COM PACIÊNCIA O AGUARDAMOS.
Bibliografia:
Livro Cristos –João Nunes Maia / MIRAMEZ.
Meditação - Nélio da Silva - www.pospel.org.br
O Livro da Esperança “- Psicografado por Francisco Cândido Xavier”.
Livro – Nos domínios da paciência -Emmanuel
Letícia Thompson - Letícia Thompson
14.09.2006/ecs
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L.E. - Perg. 341 - A incerteza em que se encontra o Espírito sobre a eventualidade do sucesso das provas que vai suportar na vida é motivo de ansiedade antes de sua encarnação?
RESP.– Uma ansiedade muito grande, uma vez que as provas dessa existência retardarão ou adiantarão seu progresso, de acordo com o que tiver suportado bem ou mal.
LE. - Perg. 471 - Quando experimentamos um sentimento de angústia, de ansiedade indefinível ou de satisfação interior sem causa conhecida, isso decorre unicamente de uma disposição física?
Resp.– São quase sempre, de fato, comunicações que tendes inconscientemente com os Espíritos, ou que tivestes com eles durante o sono.
LE. Perg. 933 - Se muitas vezes o homem é o causador de seus sofrimentos materiais, também será dos morais?
Resp.– Mais ainda, porque os sofrimentos materiais são algumas vezes independentes da vontade; mas o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, enfim, são torturas da alma.
“A ansiedade vem se configurando como um dos grandes problemas de nossos tempos. Vida agitada, pressão, stress se somam gerando esta doença que tanto prejudica a qualidade de nossas vidas”.
Existem alguns autores que denominam a nossa era como sendo a Era da Ansiedade. Com tanta turbulência, competitividade, dificuldades de relacionamento, consumismo desenfreado, atrocidades, discrepâncias sociais, injustiça, globalização e tantos outros agentes poderosos, seria praticamente impossível não ser contaminado por este acontecimento psíquico.
Para ser ansioso basta ser indivíduo e ter participação ativa na sociedade. Desde sempre a ansiedade é companheira inseparável do homem. No tempo do homem das cavernas, era um sinalizador de alerta frente a um perigo iminente e real. Através deste sinalizador, este homem primitivo podia enfrentar ou fugir de um animal selvagem.
Quando nos preocupamos com o futuro, não vivemos o agora e sofremos imensa imobilização, que toma conta do nosso presente, advinda de coisas que irão ou não acontecer amanhã. A reunião de todas as nossas ansiedades não poderá alterar nosso destino; somente nosso empenho, determinação e vontade no momento presente é que poderá transformá-lo para melhor.
- Já tomamos plena consciência de nossa ansiedade?
- Notamos como estamos atropelando os outros e a nós mesmos?
- Aonde queremos chegar? Por onde caminharemos?
Todas essas perguntas, respondidas sinceramente, poderiam abrir-nos a mente para novas e melhores atitudes, garantindo-nos estabilidades e segurança emocionais.
De nada adiantará nosso desespero e aflição, pois a vida Maior não nos dará ouvidos dessa forma.
Vivamos com plenitude o presente e veremos o futuro relatar as conseqüências dos nossos atos de ontem, que contam nossa própria história de vida.
Tudo quilo que precisarmos aprender, discernir e compreender chegará em nossa existência repetidas vezes até darmos a devida atenção, efetuando assim a aprendizagem necessária.
A vida nos escutará, auscultando (sondando) nossa intimidade, ou seja, nossas reais necessidades da alma.
A nossa ansiedade não mudará o curso da Natureza. Tudo acontece naturalmente, visto que as Leis Naturais ou Divinas não promovem saltos nem extrapolam os ditames (Regra-aviso-ordem-doutrina) estabelecidos por Deus inseridos nelas mesmas.
Não tentemos mudar a seqüência dos fatos. Existem etapas regidas por ciclos evolutivos que são, em verdade, o processo espiritual de desenvolvimento de cada um. Cada fase antecede a outra; portanto, tudo está equilibrado harmonicamente pelas normas do Poder Divino.
Não tenhamos pressa – a paciência nos ajudará a atravessar o momento de crise e os frutos do amanhã serão proporcionais à nossa paciência de agora.
Bibliografia:
- O Livro dos Espíritos
- As dores da Alma – Francisco do Espírito Santo Neto
- http: //www.ansiedade.com.br/
- ttp://www1.uol.com.br/cyberdiet/colunas/020419_psy_ansiedade2.htm
27.09.2006/ecs
Nascemos totalmente dependentes, mas como é difícil crescer e desistir de um pai e de uma figura materna que nos cuide e proteja para todo sempre.
Como é grande o número de pessoas que adoecem e se perdem por medo de perder...Elas preferem viver em um casulo de falsa segurança.
A dependência do olhar do outro, da aprovação do outro e de sua aceitação são algemas sutis que nos aprisionam e nos impedem de sermos nós mesmos.
A dependência química que nos aliena e ilude perante as verdades que não queremos ver, aceitar e lidar.
A dependência financeira que se mistura tantas vezes com a emocional, mas que, em muitos casos, só é pretexto para não dizer "basta!”.
A dependência de uma crença de que podemos conseguir estabilidade fora de nós e que nos leva a buscas estressantes e inglórias por sucesso e poder.
A dependência de um estilo de vida que nos tira a paz e, muitas vezes, o amor-próprio, porque temos medo de voar.
A dependência é inimiga da liberdade e a liberdade é algo a ser conquistado, não vem de graça...
E, ironicamente, vai depender de nós, só de nós, querermos lutar para nos livrarmos deste aprisionamento.
Ser nós mesmos é tomar decisões, não para agradar os outros que nos observam, mas porque estamos usando, conscientes e responsavelmente, nossa capacidade de ser, sentir, pensar e agir.
Ser nós mesmos é eliminar os traços de dependência que nos atam às outras pessoas. Não nos esquecendo, porém, de respeitar-lhes a liberdade e a individualidade e de defender também a nossa, sem o medo de ficar só e desamparado.
Ser nós mesmos é viver na própria “simplicidade de ser”, libertos da vaidosa e dissimulada auto-satisfação, que consiste em fazer gênero de “diferente” perante os outros, a fim de ostentar uma aparência de “personalidade marcante”.
Ser nós mesmos é acreditar em nosso poder pessoal, elaborando um mapa para nossos objetivos e percorrendo os caminhos necessários para atingi-los.
No Novo Testamento, capítulo 7, versículo 13, assim escreveu Mateus em seus apontamentos: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que leva a perdição...”.
Pelo fato de a porta ser estreita, deveremos atravessá-la – um de cada vez – completamente sozinho, acompanhado apenas pelo mundo de nossos pensamentos e conquistas íntimas.
A “porta é estreita”, porque ainda não entendemos que, mesmo vivendo em comunidade, estaremos vivendo, essencialmente, conosco mesmo, pois para transpor essa porta é preciso aprender a arte de “ser”.
Efetivamente atingiremos nossa independência quando percebermos a inutilidade dos passatempos, das viagens, dos convencionalismos da etiqueta, do consumismo que fazemos somente para conquistar a aprovação dos outros, e não porque decorrem de nossa livre vontade.
O homem independente padece dos recursos psíquicos (*) de alguém para viver. Ele dirá “eu o amo”, mas, em realidade, quer dizer “eu preciso de você”, ou mesmo, “eu não vivo sem você”. O amor real baseia-se no sentimento compartilhado entre duas pessoas maduras, ao passo que o amor dependente implora consideração e carinho, infantilmente.
(*) Relativo à alma ou às faculdades intelectuais e morais; mental; espiritualidade humana.
Eliminar o domínio, a autoridade ou a influência das idéias, das pessoas, das diversões, dos instintos, do trabalho e dos lugares não significa que precisamos extirpar ou abandonar completamente todas essas coisas, mas somente a dependência.
“Apertado é o caminho”, porque exige esforços importantes para que possamos eliminar nossos laços de dependência, os quais nos condicionam a viver sem usufruir nossa liberdade interior, aceitando ser manipulados pelos juízos e opiniões alheias.
A liberdade se inicia no pensamento para, posteriormente materializar-se na exterioridade, quebrando, então, os grilhões da dependência.
."Dependência gera dores na alma; já a liberdade para amar é um direito natural de todos os filhos de Deus”.
Bibliografia
- http://www.elisabethsalgadoencontrandovoce.com/dependencia.htm.
- Livro Dores da alma – Francisco do Espírito Santo Neto – pelo espírito Hammed.
03.10.2006/ECS
É muito comum ligar a co-dependência as famílias que tem dependentes de álcool ou drogas, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico e o tratamento, já que a co-dependência não se limita somente aos familiares de dependentes químicos.
Com uma baixa auto-estima, os co-dependentes vivem em função dos outros a quem querem controlar, mandar e fazem um “jogo” onde o poder de dominar é a essência. Tudo isso para buscar reconhecimento, para compensar uma falta de amor próprio.
Vive uma vida de ilusão, de sofrimento, de ansiedade e de angústia. Nada está bom para ele e por mais que conquiste, sempre tem a sensação de um vazio, que está faltando alguma coisa na sua vida. Uma hora é o grande salvador, disposto a resolver os problemas dos outros. Outra hora é a grande vítima quando as coisas não saem como queria.
Desconhece os seus sentimentos, se sacrifica pelo outro, sempre dizendo não para si mesmo, tenta controlar a vida do outro e deixa de controlar a sua própria vida.Tem muito medo de ficar sozinho, da rejeição, do abandono e lança mão de tudo, para que isso não venha acontecer.
Quer que as coisas se resolvam e sejam da sua maneira e não percebe que muitas vezes os seus desejos não são seus, mas da outra pessoa a quem está tentando controlar. Acredita que a sua felicidade depende dos outros.
Tem dificuldade para se relacionar consigo mesmo, com os outros e até com Deus, devido aos abusos emocionais sofridos.
O co-dependente carrega consigo sentimentos de culpa, medo, insegurança, raiva, frustração, vergonha, e desenvolve comportamentos compulsivos em relação ao sexo, a alimentação, ao trabalho, ao dinheiro (gastos excessivos), ao álcool ou outras drogas em uma tentativa de controlar os seus sentimentos interiores. Tudo em vão.
Se compararmos a co-dependência com a dependência química vamos perceber a semelhança entre elas. As duas são doenças de negação. Sintomas como a raiva, angústia, depressão e desespero, são os mesmos. O dependente químico luta para tentar controlar a droga e o co-dependente para controlar o dependente químico e em ambos o resultado é o fracasso, portanto a progressividade tanto da co-dependência como da dependência química caminham lado a lado.
A negação é o grande obstáculo para um tratamento em qualquer uma das duas. É difícil para um co-dependente reconhecer que precisa mudar o seu modo de vida. Do mesmo modo, um dependente químico é resistente a mudanças. Tanto o co-dependente como o dependente químico só irá administrar com mais qualidade as suas vidas, quando admitirem o sofrimento que a doença provoca. Antes disso, não vão perceber o grau de destruição das suas vidas.
O que precisa ser ressaltado é que a co-dependência pode sim ser o início para que a pessoa desenvolva a dependência por drogas. Devido às compulsões que dominam o co-dependente que as usam para aliviar as suas dores emocionais, o risco do uso do álcool ou de outras drogas é muito grande.
Além disso, problemas clínicos podem ser sintomas da co-dependência que se não for tratada de modo adequado vai passando de geração para geração.
É fundamental que além do dependente químico estar em tratamento, os seus familiares também se tratem da sua co-dependência.
Mensagens enraizadas lá na infância podem muitas vezes interferir no relacionamento de um casal e destruir casamentos. A “imperiosa” necessidade de fazer o outro feliz acaba sufocando a relação onde à identidade de um ou do outro não é respeitada.
Outro ponto que precisa ser trabalhado é o preconceito que acompanha a co-dependência. A pessoa deixa de ir a uma terapia, a um grupo, a cuidar de si porque “a ligam” com dependência química (drogas).
Uma pergunta muito comum que se ouve no início do tratamento é se tem cura.
“Curar” em co-dependência significa reconhecer, admitir e aceitar a doença. É buscar os equilíbrios físicos, emocionais e espirituais, a auto-estima, o amor próprio e com isso melhorar o relacionamento com os outros e consigo mesmo. E a partir daí, viver a vida descobrir o seu sentido e amá-la.
BIBLIOGRAFIA
- http: //www.drgilmarmiranda.psc.br/codependencia.htm
09.10.2006/ecs
Não é consolador e belo poder dizer: Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz, inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha individualidade e liberdade, e agora conheço a grandeza e a força que há em mim. Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um instante sequer e, fazendo uso delas com o auxilio de Deus e de meus irmãos do Espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim; desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o vôo para os mundos felizes.
Vejo claramente o caminho que se desenrola e que tenho de percorrer. Este caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim; mas, para guiar-me na Estrada Infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me, a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de todas as maravilhas do Cosmo.
Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para frente. Cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade melhor, mais radiosa e amante. Sai para sempre do estado inferior do ser ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo-lhes:
Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as vozes da Natureza, todas as vozes do Espaço vos bradam: “Levantai-vos e marchai! Apressai-vos para a conquista de vossos destinos!”.
A todos vós que vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à tristeza, ao desespero ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos”.
A vós todos, que vos credes gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de ferro da adversidade, venho dizer-vos:
“Não há alma que não possa renascer, fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis, foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em clama ardente e generosa!”.
Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser, elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparadas pela vagarosa evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada.
Dirigi incessantemente vosso pensamento para esta verdade: -- que podeis vir a ser o que quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado este domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e frágil uma alta e poderosa individualidade!”.
Bibliografia.
O Problema do ser, do destino e da dor – Leon Denis.
24.10.2006/ECS
“Se perdoares aos homens as faltas que eles fazem contra vós, vosso Pai Celestial vos perdoará também vossos pecados, mas se não perdoar, vosso Pai, também não vos perdoará os pecados”.(Mt 6:14)
Todos nós buscamos a felicidade. Mas que felicidade é essa que quanto mais se procura mais distante fica? Para que realmente a encontremos é necessário conhecermos a nós mesmos e colocarmos em prática a nossa reforma íntima, ou seja, a renovação das nossas atitudes.
Será que estamos aceitando as pessoas como são? Será que não estamos esperando muito dos outros? Será que estamos esperando lidar com seres angélicos num planeta de provas e expiações? Podemos dizer: Sem aceitação não há perdão. Nos aceitando e aceitando nossos irmãos como eles são, nossos relacionamentos ficarão melhores.
Conviver bem com as pessoas é muito difícil, pois requer esforço, luta e renovação de nossa parte. O grande problema é não aceitá-las como são, com seus defeitos, mas também com suas virtudes. Aceitando nossos irmãos, o nosso relacionamento será muito melhor. Quem não aceita, não perdoa. Jesus perdoou todos exatamente porque aceitou a cada um de nós da maneira como somos.
Por isso, perdoemos as pessoas que insistem em nos querer mal. Sem que saibamos, na maioria das vezes, são nossos inimigos do passado que retornam como nossos familiares ou superiores a nos cobrar dívidas pretéritas. Estão sempre colocando em prova nossa paciência e tolerância.
Existem dois modos diversos de perdoar: o primeiro é de ordem elevada; é nobre e generoso, sem segunda intenção, que evita ferir o amor-próprio, os brios dos inimigos; é o perdão com esquecimento, com misericórdia; o segundo é aquele, no qual o ofendido, ou o que tal se julga, impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir todo o peso de falso perdão, sem nenhum resquício de amor; se estende a mão ao ofendido, não o faz com sinceridade, com benevolência, mas com ostentação, tudo com o fito de passar aos olhos alheios como uma pessoa altamente generosa.
Talvez ainda não possuamos a serenidade para aceitar tudo sem nos abalar, e por isso pode ser normal de nossa parte uma revolta momentânea.
Entretanto, façamos o possível e o impossível para não guardar rancor em nossos corações. Guardar mágoas é atrair desequilíbrios e enfermidades para o nosso corpo e para nosso espírito. São indícios de enfermidades futuras, pois a mágoa guardada em nossos corações é como ácido a corroer nosso íntimo.
Perdoar não significa esquecer as marcas profundas que nos deixaram, ou mesmo fechar os olhos para a maldade alheia. Perdoar é desenvolver um sentimento profundo de compreensão, por saber que nós e os outros ainda estamos distantes de agir corretamente. Por não estarmos, momentaneamente, em completo contato com a intimidade de nossa criação divina, é que todos nós temos, em várias ocasiões, gestos de irreflexão e ações inadequadas.
Um outro motivo para esquecermos as ofensas está na constatação de que o perdão traz um grande alívio para quem perdoa. Nem sempre para quem é perdoado. Porque muitas vezes quem é perdoado não consegue se livrar da sua consciência, mas este também precisa aprender a se perdoar e a recomeçar novamente. O autoperdão também é importante. Para que reconhecendo os nossos erros encontremos forças para reformular nossas atitudes e começar uma nova vida.
O autoperdão ajuda o amadurecimento moral, porque propicia clara visão responsabilidade, levando o indivíduo a cuidadosas reflexões, antes de tomar atitudes agressivas ou negligentes, precipitadas ou contraditórias no futuro.
Quando alguém se perdoa, aprende também a desculpar, oferecendo a mesma oportunidade ao seu próximo.
Caso não nos perdoarmos ou não perdoarmos alguém, carregaremos os sentimentos de mágoa e ressentimentos e este lixo tóxico produzirá em nosso organismo doenças de difícil tratamento. Por que? Porque se alimentarmos idéias de ódio e vingança entraremos na mesma sintonia de agressão e sobrecarregamos nossos centros energéticos, perturbando o nosso organismo, desencadeando um mundo de distúrbios, fazendo com que nosso espírito sofra as conseqüências do que provocou.
Praticando o perdão, o homem ocasiona, além de um efeito moral, também um efeito de ordem material. A morte do corpo físico não livra o Espírito da ação dos adversários. È evidente que os Espíritos, que alimentam sentimentos de vingança, perseguem sempre, mesmo estando na vida espiritual, aqueles que são considerados seus inimigos. Por isso, observam-se, na Terra, quadros terríveis de obsessões, pois esses Espíritos trevosos esperam, pacientemente, que os Espíritos, a quem querem mal, estejam encarnados em novos corpos, para mais facilmente o atormentarem, atingindo-o nos seus interesses ou nas suas mais íntimas afeições.
Perg. -Como conciliar nossa situação de espíritos ainda imperfeitos, com o perdão? Haverá sempre ocasião de falharmos. O que fazer?
Resp. - Toda conquista requer perseverança e toda perseverança é construída de exercícios. Com certeza, será sempre através do exercício que conseguiremos desenvolver em nós o perdão.
Lembremos de uma grande verdade: O perdão é sempre melhor para quem perdoa. Esqueçamos as ofensas e viveremos melhores. Quando Pedro perguntou ao Mestre se era lícito perdoar sete vezes a uma mesma pessoa, Ele respondeu que “não apenas sete, mas setenta vezes sete” (Mt 18:21-22).
Das velhas doenças nos libertaremos, quando as velhas recordações do "não-perdão" pararem de comandar o leme de nossas vidas.
INFELIZ DO HOMEM QUE
NÃO SABE PERDOAR
Bibliografia.
Sergito de Souza Cavalcanti
www.espirito.org.br/portal/palestras/ceecp/o-perdao.html
www.amplasistemas.com.br/sites/kardec//
Livro Renovando Atitudes, (Francisco do Espírito Santo Neto).
19.11.2006/ECS
43 – CULTO DO EVANGELHO NO LAR
em meu nome, eu com elas estarei” - Jesus (Mateus 18:20).
“Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão do lar”.(Jesus no Lar)
O QUE É O CULTO DO EVANGELHO NO LAR
O "Culto do Evangelho" não é um ritual de adoração. Trata-se de um momento que reservamos à prece e ao estudo metódico dos ensinamentos de Jesus, em nosso próprio lar.
Foi implantado pela primeira vez por Jesus na casa de Simão Pedro (O livro "Jesus no Lar", de Neio Lúcio, relata 50 Cultos em seu lar).
O principal objetivo do Culto é o de incentivar o esforço pessoal para uma reforma íntima consciente, através da compreensão da moral cristã para a nossa própria evolução. Porém, outros ganhos são obtidos com a implantação do Culto: saneamento do ambiente espiritual do lar, fortalecimento perante as dificuldades, melhoria no relacionamento familiar, doutrinação e esclarecimento a espíritos desencarnados. Os benefícios do Culto transcendem o ambiente do lar.
Portanto, pela luz do Evangelho, "os dramas passionais, as ocorrências infelizes, os temores e as discórdias cedem lugar à compreensão fraternal, à caridade recíproca, à paciência, ao amor". (Joanna de Angelis)
QUEM PARTICIPA
Parentes, vizinhos e amigos. É importante que o ambiente não seja transformado em festa e que não haja discussões. A participação deve ser livre: não se obriga, tampouco se impede.
As crianças também devem ser incentivadas a participar e para elas reserva-se um tempo especial dentro do culto, em função da idade e do amadurecimento.
Você pode realizar o Culto sozinho (com você, contudo, estarão os desencarnados). Mesmo estando sozinho, você deve realizar o Culto sempre em voz audível.
COMO DEVEMOS ME PREPARAR
Especialmente no dia do Culto, procuremos manter o equilíbrio físico mental e espiritual, evitando bebidas alcoólicas, alimentação pesada, fadiga mental, brigas, discussões e condutas inadequadas.
Busquemos na serenidade da prece e na vigilância das atitudes o apoio espiritual que o dia requer.
Apesar de realizar o Culto na intimidade doméstica, o ambiente exige o uso de trajes adequados.
ONDE E COMO DEVE SER O AMBIENTE:
No seu lar, no cômodo onde haja melhor condição de tranqüilidade e concentração. Não realize o Culto no terraço, na varanda ou em outro lugar fora das paredes do lar.
Se houver enfermo no lar e se ele desejar, o Culto pode ser realizado junto dele.
Música suave pode ser usada, se não desviar a atenção dos participantes.
Providencie um recipiente com água (cobrir a boca do recipiente) para ser fluidificada durante o Culto e distribua-a ao final entre os presentes. Havendo enfermo no lar, disponibilize um recipiente com água em separado para ele.
QUANDO DEVO REALIZAR
Escolha um dia da semana e um horário fixo por consenso familiar, que possa ser respeitado sempre.
A disciplina do dia e da hora é fundamental para receber o auxilio dos benfeitores espirituais durante o Culto e favorecem os desencarnados necessitados do esclarecimento evangélico.
Evite mudanças de dia e horário o máximo possível; faça-as quando necessário, porém em caráter duradouro. Solicitar permissão e convidar para o novo dia.
A duração do Culto é de no mínimo 30 minutos e de no máximo 60 minutos.
LEMBRETES ADICIONAIS
Uma vez iniciado o Culto, evite interrupções. Evite o sono e as dispersões.
Se um participante chegar atrasado ou inadvertidamente, convide-o a unir-se ao grupo.
Se você receber visitas no horário do Culto e, por qualquer motivo, elas não participarem do Culto, avalie com cuidado se compensa realizá-lo para não ser desatencioso.
Se estiver viajando no dia do Culto, faça-o, se possível, onde estiver.
QUAIS OS LIVROS DEVO UTILIZAR
"O Evangelho Segundo o Espiritismo", "Jesus no Lar" e, como leitura complementar, uma mensagem de uma das seguintes obras: "Pão Nosso", "Palavras de Vida Eterna", "Fonte Viva", "Caminho, Verdade e Vida", "Vinha de Luz" e "Segue-me" (as quais são interpretações do Novo Testamento, pelo Espírito Emmanuel).
O Culto não é a melhor ocasião para a utilização de livros de estudos, tais como "O Livro dos Espíritos" e o "Livro dos Médiuns", tampouco romances.
ROTEIRO BÁSICO
1. Inicie o Culto com uma prece simples.
2. Leia "O Evangelho Segundo o Espiritismo" em seqüência, do capítulo 1 ao capítulo 27.
3. Estude pequenos trechos de cada vez, comentando-os, de acordo com o seu entendimento. Os. comentários de todos devem se ater aos trechos lidos, se possível com exemplos relativos ao dia a dia.
4. Se você for estudar o livro "Jesus no Lar", estude uma lição por Culto.
5. Respeite sempre a opinião alheia e evite debates e discussões. Pontos de vista conflitantes devem ser abordados com respeito.
6. Uma prece pode ser realizada ao final do Culto, em favor de amigos, parentes, enfermos, carentes, desencarnados, pessoas com as quais temos dificuldade de relacionamento, governantes, pelos espíritos que não mais recebem orações, etc...
7. Encerre o Culto com uma prece de agradecimento.
8. Anote em uma folha à parte o ponto do "Evangelho Segundo o Espiritismo" onde parou a leitura, para dar prosseguimento na semana seguinte.
9. Distribua a água fluidificada a todos, guardando o restante no filtro ou na geladeira.
10. Após o término, mantenha a vibração de paz interior, com pensamentos e conversação elevados.
Bibliografia.
http://www.feig.org.br/doutrinario/cultonolar.htm
02.12.2006/ECS